Mercado de capitais registram R$ 401,6 bi em emissões e renda fixa é destaque em 2022
Captação positiva da renda fixa é encabeçada pelo amplo crescimento das emissões de CRA em 2022. (Foto: Gabriel Faria)
O mercado de capitais não está totalmente adormecido 💥️nestes tempos de taxa Selic elevada. O destaque positivo para a onda de emissões no ano fica à cargo da 💥️renda fixa.
As emissões somaram R$ 46,6 bilhões em setembro. As ofertas nos nove primeiros meses de 2022 captaram R$ 401,6 bilhões – redução de 5,5% em relação ao mesmo período de 2023, de acordo com a 💥️Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
Até o momento, as ofertas em andamento e em análise somam R$ 11,1 bilhões e R$ 11,8 bilhões, respectivamente, desconsiderando o volume das 💥️ofertas de ações, conforme balanço divulgado nesta quinta-feira (13).
As ofertas de renda fixa cresceram 25,6% no período. O resultado é puxado pelas altas nas emissões voltadas tanto ao 💥️agronegócio (💥️CRAs) quanto ao 💥️setor imobiliário (💥️CRIs).
CRAs e CRIs puxam a renda fixa
De janeiro a setembro de 2022, foram registrados R$ 33,3 bilhões em emissões de 💥️CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) e R$ 32,6 bilhões de 💥️CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliário).
“Os mercados de securitização são os que mais têm crescido no ano. O cenário de juros altos leva o investidor naturalmente para a renda fixa”, afirma Flávia Palácios, coordenadora da Comissão de Securitização da Anbima.
O CRA apresentou um volume muito superior ao mesmo período de 2023, mais que o dobro, enquanto o CRI teve aumento de 50%.
“Diferentemente do passado, o aumento dos CRIs e CRAs nos últimos três anos não foi impulsionado por nenhum evento específico. O que vemos agora é um avanço dessa indústria de forma geral”, completa.
Debêntures
As emissões de 💥️debêntures também apontam para cima: até setembro, somam R$ 205 bilhões, contra R$ 162 bilhões apurados em igual período do ano passado (alta de 26,5%).
Os 💥️fundos de investimento têm ampliado a participação na aquisição das debêntures, detendo 43,7% das ofertas (contra 37,3% entre janeiro e setembro de 2023), pouco atrás dos agentes intermediários e participantes ligados às operações, com 45,4%.
As pessoas físicas também apresentam leve aumento, de 4% para 4,2%. Entre os demais subscritores desses títulos, os investidores institucionais detêm 6,8% e os investidores estrangeiros 0,1%.
Fiagro, follow-on e IPOs
Entre os novos produtos que chegam ao mercado, as notas comerciais movimentaram R$ 25,3 bilhões até setembro e o 💥️Fiagro (💥️Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais) acumula R$ 4,8 bilhões captados em ofertas públicas.
Três operações de ✅follow-on (💥️ofertas subsequentes de ações) somaram R$ 2,6 bilhões em setembro.
No ano, o saldo total da renda variável é de R$ 52,3 bilhões, sendo R$ 406 milhões em 💥️IPOs (💥️ofertas iniciais) e R$ 51,9 bilhões em ✅follow-ons.
O volume consolidado representa queda de 57,8% em relação a nove meses de 2023.
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