Café cai R$ 150sc em 15 dias e consumidor nem bem sentiu o cheiro. De onde saiu tanto grão?

Café no mercado interno despenca na origem mais que nas cotações internacionais (Imagem: Pixabay/HunterProducciones)

Desde o dia 5 a saca do café arábica caiu de R$ 1,220 mil a saca Guaxupé, para R$ 1,075 nesta quarta (19). Em Varginha, de R$ 1,250 mil para R$ 1,100 mil.

As duas praças são das maiores no Sul de Minas, sede também da Cooxupé e Minasul, entre as maiores cooperativas de café.

De onde apareceu tanto café?

É a pergunta feita pelos produtores para tamanho tombo, como se justificasse a desvalorização pela oferta abundante.

O mercado internacional caiu bastante nos últimos dias. Só hoje voltou quase à mínima de 1 ano, 1,923 dólares por libra-peso, menos 1,43%, estendendo perdas da véspera. Mas, apesar da proporção de peso da divisa americana e do real, a despencada no mercado físico brasileiro foi proporcionalmente maior.

Mas mesmo que safra esteja encerrada, sob algum ganho contra a passada, e a próxima tem se beneficiado nos últimos dias por chuvas não torrenciais (que não prejudicam a florada), e ainda paira o temor de recessão global, há um evidente descompasso.

Até porque, no mercado interno, pouco chegou ao varejo dessa baixa na origem produtora, depois de fartas explosões de preços até recentemente.

O problema pode estar nas estatísticas. A verdade é que é um mercado que ninguém se entende sobre os números de produção.

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