BRF (BRFS3) usa satélite para monitorar risco de quebra em lavouras de grãos no Brasil
A BRF já amargou dois prejuízos trimestrias que tiveram como um dos ingredientes o elevado custo com insumos como o milho e farelo de soja (Imagem: REUTERS/Rodolfo Buhrer)
A companhia de 💥️alimentos 💥️BRF (💥️BRFS3) está utilizando uma 💥️tecnologia de inteligência territorial, com dados de satélite, para monitorar lavouras que tenham risco de quebra nas safras de 💥️grãos do 💥️Brasil, insumo utilizado como ração para a empresa, conforme comunicado nesta quarta-feira.
O valor do investimento não foi divulgado.
Com base nas análises do sistema gerado por uma plataforma, no entanto, a BRF disse que registrou, apenas nas primeiras semanas de uso em setembro desse ano, um potencial de 💥️economia de 3,5 milhões de reais através de nova ordenação de contratos e transferências dos insumos entre unidades de grãos.
Isso porque a plataforma cruza informações de negócios como os volumes de consumo, estoques mínimos das unidades, capacidades de armazenagem, recebimento e contratos de compra com dados de mercado.
“Com isso, é possível otimizar e sugerir as melhores decisões para minimização de custos no suprimento das fábricas de rações, auxiliando no planejamento e na logística de recebimento e transferência de grãos da companhia”, disse no comunicado.
Neste ano, a BRF já amargou dois prejuízos trimestrias que tiveram como um dos ingredientes o elevado custo com insumos como o milho e farelo de soja, que compõem a alimentação animal.
Agora, segundo a empresa, a plataforma tecnológica de monitoramento é baseada em um algoritmo matemático de previsão de quebra de safra, que leva em conta um histórico de mais de 30 anos de dados sobre condições de solo e clima.
Em parceria com uma empresa de inteligência territorial, o projeto permite rastrear mais de sete milhões de hectares de lavoura em sete Estados brasileiros (MT, GO, MG, MS, PR, SC e RS).
“Conseguimos trazer mais eficiência à nossa atuação comercial. É possível, por exemplo, direcionar as visitas e o acompanhamento das lavouras que apresentam maiores índices de risco de quebra. Até o presente momento, conseguimos monitorar 2 mil contratos com base em risco de quebra e de não entrega do produto, o que representa um volume de mais de um milhão de toneladas de grãos monitorados”, disse em nota o diretor de Operações e Compras de Commodities da BRF, Gilson Ross.
Ainda segundo ele, a plataforma também gera análises socioambientais dos territórios de originação da empresa.
O objetivo é mapear a procedência de 100% dos grãos provenientes dos biomas Amazônia e Cerrado até 2025.
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