Quatro motivos que impedem o metaverso de Zuckerberg de deslanchar

metaverso

Segmento de Reality Labs tem sido pressionado por investidores majoritários da Meta .(Imagem: Unsplash/Minh Pham)

A 💥️Meta Platforms Inc. (META) não poderia pensar em um ano pior do que 2022. As ações da empresa derretem mais de 60% no acumulado do ano, representando uma perda de US$ 670 bilhões em valor de mercado.

Mas para além da piora das condições macroeconômicas, que fogem do controle da empresa, a companhia de Mark Zuckerberg  está sendo pressionada pelos gastos em seu projeto preferido, o metaverso. Somente em 2023, o segmento de 💥️Reality Labs, responsável pelo projeto, a perda de investimentos foi da ordem de US$ 15 bilhões.

Mas o que está impedindo o conceito de metaverso do dono do Facebook de deslanchar? Confira quatro motivos.

Confusão da marca e de conceito

A 💥️Meta Platforms Inc. foi originada a partir do ‘rebranding’ do Facebook Inc., a companhia que apresentou 💥️Mark Zuckerberg ao mundo. A rede social, no entanto, passou a ser protagonista de escândalos envolvendo violações à privacidade dos usuários e a disseminação de desinformação.

Aparentemente cansado das turbulências do mundo real, o CEO do Facebook aproveitou o desgaste da antiga marca para conceber ao mundo a Meta, empresa que lideraria a realização de seu sonho pessoal: o metaverso como a nova e promissora fronteira da internet.

O problema para Zuck, no entanto, é que o conceito de metaverso da empresa ainda está verde na cabeça das bilhões de pessoas que integram o 💥️Facebook.  A propósito, a escolha do nome ‘Meta’ para a empresa parental também não ajudou a esclarecer muito as coisas para os usuários, que passaram a temer uma revolução imediata no modo habitual como usam a plataforma.

Além disso,💥️ Zuckerberg tem sido criticado por outros ‘players’ do segmento por ter se apropriado do termo metaverso para a sua empresa.  O conceito — que pressupõe uma aproximação quase indistinguível entre o real e o virtual —  foi criado em 1992 em uma obra de ficção científica e desde então diversas interpretações tentaram ser postas em prática.

Em luta com tantos fatores contrários, a ideia do metaverso de Mark parece ter perdido tração na sociedade.

Ambição demais (até para investidores do Vale do Silício)

Na carta que endereçou à Meta, o CEO da💥️ Altimeter Capital e investidor majoritário Brad Gerstner defende que a empresa deveria despender de menos recursos — entre US$1-2 bilhões por ano, em contraste com o plano de US$10 bilhões anuais  pelos próximos 10 anos — no segmento de realidade aumentada, enquanto o mesmo ainda passa por diversos aprimoramentos.

💥️O capex da Meta — gastos em investimentos próprios — hoje supera a 💥️Apple, Tesla, Snap, Twitter e Uber juntos.

Ao perseguir um curso mais agressivo no curto-prazo, a Meta tem amedrontado alguns dos seus principais investidores institucionais, que começam a questionar se o ROI (relação retorno-investimento) do projeto continua sendo uma boa ideia para se por dinheiro.

Dilemas éticos da centralização

Um dos riscos mais flagrantes mencionados por especialistas da área é a tendência de centralização expressa no conceito trabalhado pela Meta. Isso, porque o acesso ao metaverso de Zuckerberg ocorre exclusivamente pelo 💥️Horizon Worlds, um jogo de realidade aumentada não disponível em nenhum outro sistema operacional.

Como avalia Luiz Octávio,💥️ CEO da Dux (empresa focada na elaboração de games play to earn), a elaboração do metaverso esbarra em questões éticas: “a empresa é centralizadora e historicamente utiliza os dados do usuário para vantagens próprias. É pouco provável que a transição [de Facebook para Meta] seja proveitosa e benéfica, com foco no usuário”, explica.

A percepção de que no metaverso da Meta, Zuckerberg seria uma espécie de Deus também não escapou à avaliação feita por analistas do 💥️Itaú BBA. Segundo o relatório publicado na semana passada, mencionado pela Business Insider, a Meta teria domínio das três variáveis de dados dos usuários — comportamental, transacional e de inventário. Em outras palavras, isso significa um controle total da forma com os usuários se portam e compram na realidade aumentada, além do controle do próprio ambiente.

Marketing no ‘timing’ errado

Outro problema que a Meta enfrenta é a ansiedade em mostrar o desenvolvimento do projeto, quando este ainda está operando em versões pouco aprimoradas. A imersão 3D hoje disponível na plataforma parece pouco real, o que tem gerado uma enxurrada de memes na internet.

O próprio 💥️Mark Zuckerberg foi alvo de piadas, quando em agosto publicou uma foto no Instagram de seu avatar no metaverso. Nela, o ‘boneco’ de Mark está sem pernas, no que representa uma falha ainda não coberta pela Meta: não há uma tecnologia disponível que emule o movimento das pernas humanas.

O esforço para tornar a experiência no metaverso mais verossímil ilustra a importância que a companhia dá à percepção do público na atual fase do negócio.

Na visão de investidores, que defendem investimentos mais centrados e uma atividade de pesquisa menos ruidosa no segmento, os holofotes exacerbados sobre o projeto pouco amadurecido podem mais gerar piadas do que convencer o público de que o metaverso é um produto chave no futuro da comunicação

💥️Siga o Money Times no Instagram!

Conecte-se com o mercado e tenha acesso a conteúdos exclusivos sobre as notícias que enriquecem seu dia! Todo dia um resumo com o que foi importante no Minuto Money Times, entrevistas, lives e muito mais… 💥️Clique aqui e siga agora nosso perfil!

O que você está lendo é [Quatro motivos que impedem o metaverso de Zuckerberg de deslanchar].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...