Suzano, Vale, Marfrig, Itaú, Santander e Rabobank criam empresa de preservação florestal
Biomas: nova empresa pretende preservar uma área equivalente ao Estado do Rio de Janeiro em 20 anos (Imagem: REUTERS/ Nacho Doce)
Três grandes empresas de 💥️commodities do Brasil e três💥️ bancos se juntaram para criar uma💥️ empresa florestal que tem como meta atingir em 20 anos uma soma de 💥️áreas protegidas equivalente ao Estado do💥️ Rio de Janeiro.
O projeto de criação da 💥️Biomas foi apresentado neste sábado (12) durante a 💥️Conferência do Clima COP27, no Egito, por 💥️Suzano (💥️SUZB3), 💥️Vale (💥️VALE3), 💥️Marfrig (💥️MRFG3), 💥️Itaú Unibanco (💥️ITUB4), 💥️Santander Brasil (💥️SANB11) e 💥️Rabobank.
Cada uma participa da Biomas por meio de um investimento de 💥️20 milhões de reais a serem destinados a suportar os primeiros anos de atividade da empresa, que propõe um modelo de negócio baseado em 💥️comercialização de créditos de carbono.
O grupo de empresas formadoras da Biomas poderá eventualmente ser ampliado no futuro.
A nova empresa tem meta de alcançar em duas décadas uma área de 💥️4 milhões de hectares de matas nativas protegidas em diferentes biomas brasileiros, como 💥️Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado.
Destes 4 milhões, 2 milhões corresponderão a restauração de áreas degradadas a partir do plantio de aproximadamente 2 bilhões de árvores nativas. Questionada, a Suzano afirmou que a Biomas não tem áreas da companhia, maior produtora mundial de celulose de eucalipto, e que terá atuação independente.
A Suzano informou que a Biomas não pretende adquirir áreas, mas sim fazer parcerias com proprietários de terras por meio do compartilhamento de parte da receita a ser gerada com a venda dos créditos de carbono.
A iniciativa foi anunciada em um momento em que o Brasil segue batendo recordes de desmatamento na Amazônia durante o governo de Jair Bolsonaro. Em outubro, a área de floresta destruída no bioma somou quase 904 quilômetros quadrados, o maior nível para o período desde que o rastreamento começou em 2015 e um aumento de 3,1% na comparação com outubro do ano passado, segundo dados de satélite coletados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
De janeiro a outubro, foram desmatados da Amazônia 949.400 hectares, o equivalente a uma área mais de 12 vezes o tamanho da cidade de Nova York e também um recorde para o período, superando em 12,7% o recorde anterior de 2023.
“Não há mais tempo para promessas, é hora da ação”, disse o presidente da Suzano, Walter Schalka, em comunicado à imprensa sobre o lançamento da Biomas.
Há cerca de um ano, seis redes europeias de supermercados, incluindo uma subsidiária do Carrefour anunciaram que não venderão mais uma parte ou todos os derivados de carne bovina do Brasil devido ao desmatamento da Amazônia.
As empresas da aliança Biomas estimam que o projeto poderá reduzir da atmosfera cerca de 900 milhões de toneladas de carbono equivalente em 20 anos, mas não informaram uma projeção sobre o montante de créditos que este volume de carbono poderá gerar.
A primeira etapa do projeto consistirá na identificação e prospecção de áreas, fomento a viveiros para produção em escala de árvores nativas, engajamento de comunidades locais nas atividades da empresa, discussão sobre aplicação do projeto em áreas públicas, parceria com plataformas de certificação de créditos de carbono e a implementação de projetos pilotos.
A partir de 2025, o objetivo é ampliar a escala até alcançar a meta de 4 milhões de hectares.
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