Regulação tem de crescer com os bancos digitais, diz o CEO do Itaú
Segundo Maluhy, sob as normas antigas os neobancos precisavam de um terço do capital dos bancos tradicionais para conceder o mesmo montante de crédito (Imagem: Money Times/ Rafael Borges)
O presidente do 💥️Itaú Unibaco (ITUB4), Milton Maluhy, disse nesta quinta, 8, que, com o crescimento nos últimos anos, os neobancos e as fintechs precisam ter regulação de capital proporcional a seu tamanho. Segundo ele, as mudanças feitas pelo💥️ Banco Central (BC) vão na direção certa.
“Vários neobancos não são mais pequenos, eles são grandinhos e começam a trazer risco sistêmico”, disse ele em painel do Macrovision, promovido pelo 💥️Itaú BBA em São Paulo ontem.
Segundo Maluhy, sob as normas antigas os neobancos precisavam de um terço do capital dos bancos tradicionais para conceder o mesmo montante de crédito.
O executivo avaliou que o arcabouço estabelecido pelo BC na última década, que facilitou a entrada de novos participantes no segmento, foi correto para estimular a competição. Ele disse ainda que o Itaú, o maior banco privado do País, tem o tamanho que tem por ter tido forte concorrência.
Maluhy disse também que o encarecimento do capital no mundo diante da alta dos juros tem feito com que neobancos mudem os modelos de negócio. “Vários pagavam 100% do CDI e, agora, só pagam se o recurso não girar em 30 dias”, disse.
Maluhy disse que vários neobancos sobreviverão no longo prazo e que estão fazendo um excelente trabalho. Entretanto, terão de lidar com a menor satisfação dos clientes ante a complexidade de gerir o negócio e o aumento de taxas e tarifas.
Como mostrou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o BC começou pente-fino no fim de agosto, tanto com bancos quanto com fintechs, e pediu informações sobre todas as contas fraudadas desde janeiro do ano passado.
O regulador estava preocupado com o uso dessas contas para escoar recursos provenientes de crimes, como aqueles que envolvem o 💥️Pix.
O executivo disse que o volume de fraudes envolvendo contas em neobancos e fintechs era desproporcional à participação de mercado destes players. “Estamos trabalhando com o regulador para que ele aperte essas regras para que os novos players tenham a mesma diligência do que nós”, comentou.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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