Fiagro: A forma de escolha dos ativos é o que faz a diferença
Assim como o agronegócio é diversificado e cada cultura tem suas características, os 💥️Fiagros (Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais) exibem estratégias e composições diferentes.
Por este motivo, o investidor deve estar atento tanto à composição da carteira do fundo escolhido quanto a estratégia adotada pelo gestor, fatores essenciais que vão impactar na rentabilidade do 💥️Fiagro.
Como investimento de longo prazo, a estratégia mais interessante é a análise fundamentalista, que consiste em avaliar a empresa e sua geração de caixa de forma aprofundada.
Este tipo de análise permite que seja possível comprar o papel para segurá-lo até o fim, incorrendo em risco baixo de inadimplência. Afinal, ao fazer a análise fundamentalista, estamos buscando responder se o emissor tem capacidade de gerar fluxo de caixa o suficiente para o pagamento da dívida dentro do prazo acordado.
Mas, esta é somente a primeira pergunta e a avaliação não para por aí.
Passada esta primeira etapa e, ao verificarmos que o emissor do papel gera caixa para pagar a dívida através de sua própria atividade como produtor rural, passamos a simular possíveis cenários de stress que a empresa possa a vir passar.
Então, o analista irá observar questões que ameaçam a produtividade e a lucratividade da empresa, seja um revés climático ou choque de custos, como vimos recentemente com a alta dos insumos devido à guerra entre a 💥️Rússia e a 💥️Ucrânia.
Outro fator observado é a questão do preço da produção. Será que a cultura do emissor vai se manter a determinado valor?
A próxima variável a ser observada é entender quais são as garantias do empréstimo concedido. Esta avaliação não é trivial. No caso de imóveis, é preciso verificar se o ele vale realmente o que o emissor acredita que valha.
E isso envolve também sua localização e a vizinhança, a questão logística etc. É muito mais difícil fazer este tipo de análise em uma fazenda no 💥️Mato Grosso, onde há uma série de particularidades, do que em um apartamento no Itaim Bibi, na capital paulista.
Para escolher os ativos que vão compor a carteira, o gestor precisa investir muito tempo, pois é o processo decisório que fará a diferença na rentabilidade e risco do fundo.
Ao mesmo tempo que o objetivo é dar um retorno acima do CDI no médio-longo prazo, é preciso observar o risco do emissor para evitar que haja o aumento do risco da carteira.
Isso só é possível com uma profunda análise da capacidade de pagamento. E, mesmo que haja a confiança de que aquela companhia pode pagar, é preciso se preparar para o pior cenário e, no pior cenário, estar cercado de boas garantias e, acima de tudo, garantias bem formalizadas é fundamental.
O processo de investimento é nossa garantia de rentabilidade e risco controlado. Assim como o gestor precisa demandar tempo e recursos para escolher bons ativos, o investidor também deve estar atento às diferenças entre os Fiagros e observar a política de investimentos dos fundos na hora de fazer sua escolha.
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