EUA: menor inflação em um ano pavimenta caminho para ciclo menos agressivo
Inflação de novembro traz boas notícias para a alta de juros (Imagem: Shutterstock)
Anotando o menor avanço da 💥️inflação desde novembro de 2023, o 💥️CPI americano divulgado nesta terça-feira (13) repercute positivamente nos mercados internacionais e domésticos, à medida que abre espaço para um aperto monetário mais suave daqui em diante.
Em Nova York, o 💥️CPI embasa um ímpeto de alta para os três índices acionários, com o Nasdaq chegando a operar acima dos 3,20% nos momentos iniciais do pregão.
O 💥️mercado de títulos da dívida pública americana também sentiu o impacto do dado e o realinhamento de expectativas para os juros a partir dele.
As T-bills com vencimento de 2 anos experimentando a maior queda em rendimentos em cerca de um mês: de ontem para hoje, os títulos passaram a render de 4,401% para 4,147%.
Por aqui, o indicador ainda coloca fôlego no 💥️Ibovespa (💥️IBOV), que sobe 0,5%.
Inflação nos EUA: ‘O pior já passou’
Ao subir apenas 0,1% na comparação mensal, o menor nível em 12 meses, o indicador desidratou a inflação acumulada de 12 meses de 7,7%, registrada em outubro, para 7,1%.
O dado do dia dá continuidade ao movimento descendente da inflação, após esta ter atingindo o pico de 9,0% em junho deste ano. “O pior já passou”, diz Victor Cândido, economista-chefe da 💥️RPS Capital.
O economista salienta o impacto do recuo da 💥️inflação de bens e energia para o resultado do mês, como um reflexo direto da reorganização das cadeias de valor.
William Castro Alves, estrategista-chefe da 💥️Avenue, nota que um ponto de preocupação continua sendo o setor de acomodação/habitação, que tem se mostrado pouco responsivo à tendência de desaceleração dos preços e a piora do poder de compra dos consumidores.
Aumento de 0,50 pp. em dezembro e 0,25 pp. em fevereiro
O ritmo mais vagaroso da inflação apontado pelo CPI de novembro coroa a bateria positiva de leituras do último mês e consolida o caminho para um aumento de 💥️juros mais moderado a partir do encontro de hoje e de amanhã dos membros do 💥️Fomc.
De acordo com o 💥️Fed Funds, que une as instituições financeiras depositárias do BC americano, há uma posição de quase unanimidade em torno do incremento de 0,50 ponto percentual nesta reunião de dezembro, elevando a taxa de juros para a faixa de 4,25-4,50%.
A leitura positiva da inflação também influenciou as expectativas dos agentes quanto à decisão monetária marcada para fevereiro de 2023.
Ainda segundo a taxa diretora dos EUA, há mais de 50% de chance de que a primeira reunião do próximo ano acompanhe um incremento já menor, de 0,25 ponto percentual, na taxa-base de juros.
De toda forma, William Castro relembra o que 💥️Jerome Powell e seus colegas não deixam os mercados esquecerem: a missão do Federal Reserve é achatar a inflação de volta para a meta de 2%, nível ainda distante dos 7,1% hoje registrados.
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