Lisa Jackson, VP de sustentabilidade da Apple, visita o Brasil
Estudantes brasileiros apresentam o jogo Guardiões do Rios Imagem: Lucas Sant'Ana/Divulgação Lisa Jackson, vice-presidente de meio ambiente, política e iniciativas sociais da Apple desembarcou no Brasil para acompanhar a cerimônia de formatura de estudantes brasileiros da Apple Academy, programa de treinamento gratuito feito em parceria com 10 universidades do país. Durante o evento, realizado ontem (4) no Instituto de Pesquisas Eldorado de Campinas (SP), a executiva reforçou que a educação é um grande fator de combate às desigualdades, sendo um importante caminho para a equidade racial e de gênero. "[Vi isso] Na minha própria vida. Fui a primeira da minha família imediata a ir para a faculdade. E isso mudou a direção da minha vida. Depois fui para a pós-graduação. Agora os meus filhos sabem que irão para a universidade. Essa é a minha história pessoal", contou Jackson, em entrevista exclusiva ao . Josias de Souza Trump estreita inimizade entre Mercosul e UE Juca Kfouri O risco que o Botafogo corre contra o São Paulo Tony Marlon Filme sobre Mujica é sopro em tempos de ódio PVC Mundial dá cruzamentos terríveis para brasileiros "Se eu tiver a mesma educação que você ou se estivermos na mesma área, podemos nos comunicar de igual para igual", acrescentou. Antes de entrar na Apple em 2013, a executiva, que responde diretamente ao CEO Tim Cook, trabalhou três anos como administradora da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, cargo nomeado pelo então presidente Barack Obama. Imagem: Lucas Sant'Ana/Divulgação Durante a cerimônia de formatura, a vice-presidente celebrou o aumento no número de mulheres que participaram dos dois anos de treinamento do programa da Apple neste ano. Elas integram 40% dos 230 formandos. "[Mulheres] Façam isso. Meu conselho é mergulhar [na área] e descobrir como aprender. Você não precisa ser engenheira de software para pegar um dos nossos dispositivos e transformá-lo numa ferramenta para o que você deseja fazer, seja na arte, música, ciência ou tecnologia", ressaltou. Jackson se referiu nesse momento à linguagem de programação chamada Swift, que a pessoa pode aprender sozinha e começar a desenvolver aplicativos para os produtos da companhia (como iPhone e relógios inteligentes) sem que seja preciso ter uma formação anterior muito técnica. "Outra coisa que eu diria às mulheres é que precisamos de mais delas na área. Então estamos muito orgulhosos do número crescente de mulheres na turma de formandos", disse. Executiva Lisa Jackson na cerimônia de formatura dos estudantes da Apple Academy Imagem: Lucas Sant'Ana/Divulgação A formanda Júlia Bettuz, 28, é um exemplo de profissional que mergulhou na área da tecnologia nos últimos anos. Depois de seguir pelos caminhos da comunicação e do cinema, ela diz ter se reencontrado profissionalmente agora. "Me afastei da tecnologia por ver que só tinha homem. Olhava os lugares e pensava: 'não devo pertencer a isso'. Mas a Apple Academy me fez perceber que eu pertenço sim, ela tem diversidade de gênero e de outros aspectos. É muito legal aprender com todo mundo", afirmou. Ela faz parte da turma da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná). Newsletter Um boletim com as novidades e lançamentos da semana e um papo sobre novas tecnologias. Toda sexta. "Além das mulheres, a Academy também acolhe a comunidade LGBTQIA+. Eu me assumi para a minha família quando já estava no treinamento e fui bem acolhida aqui", comentou a designer Isabela Sayuri Caserta, 27, que namora Júlia há um ano. As duas se conheceram dentro do projeto. "No mercado de trabalho é muito difícil você conseguir colocar a sua voz, ser ouvida. No ambiente da Academy é diferente", completou Isabela. Segundo a formanda, parte dos treinamentos oferecidos envolve ✅soft skills (habilidades comportamentais). E isso a deixou mais confiante para se posicionar como uma profissional dentro da tecnologia. Júlia e Isabela criaram com mais quatro colegas o aplicativo Redancer bundle, um dos destaques da cerimônia de formatura. Nele, fisioterapeutas adaptam movimentos de dança para ajudar pacientes na reabilitação após AVC (Acidente Vascular Cerebral). Os profissionais traçam o perfil do exercício no app e quem precisa consegue acessá-los pelo celular. A aplicação surgiu a partir do trabalho de Joseana Wendling Withers, fisioterapeuta e doutoranda em Tecnologia em Saúde pela PUC-PR. Os estudantes conversaram com ela e outros profissionais da área para identificar como a tecnologia poderia ajudar, explicou Julia Elice Jurczyszyn, 24, formada em design gráfico. A jovem acrescenta que o orientador e professor Fábio Vinícius Binder teve papel fundamental no desenvolvimento projeto. Criadores do aplicativo Redancer bundle, projeto iniciado na Apple Academy Imagem: Bruna Souza Cruz/UOL Pouco antes do início da cerimônia de formatura, Lisa Jackson conheceu as instalações da Apple Academy em Campinas e acompanhou a apresentação de projetos de três equipes de brasileiros. Ela conheceu os seguintes sistemas: Estudantes brasileiros mostram para Lisa Jackson, vice-presidente de iniciativas sociais da Apple, o jogo Guardiões dos Rios Imagem: Lucas Sant'Ana/Divulgação Na sequência, a vice-presidente seguiu para o auditório, espaço em que outros grupos de brasileiros apresentaram suas inovações. Neste ano, se formaram estudantes das instituições de ensino: Os projetos apresentados foram: Em 2023, o programa de treinamento da Apple para universitários completou 10 anos de existência no Brasil. O país foi o primeiro lugar no mundo a receber esse projeto. "Começamos aqui porque aqui está a criatividade, aqui está o brilho. Tudo isso reflete em encontrar tantas pessoas inovadoras e, consequentemente, grandes ideias", disse Jackson. "É uma celebração do trabalho árduo e para o início do próximo capítulo." Na Apple Academy os participantes aprendem programação (linguagem Swift), estratégias de negócio, de marketing e empreendedorismo. Cada unidade possui o seu processo seletivo, e não é preciso necessariamente ser da área de tecnologia da informação. ✅*Colaborou Marcella Duarte."Mulheres, façam"
Pertencimento e amor em tempos de app
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