Bradesco (BBDC4) busca novas parcerias com fintechs para crescer nos EUA
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O Bradesco já tem mais exposição do que seus pares a pequenas empresas e pessoas físicas de baixa renda no Brasil, segundo o BTG Pactual (Imagem: Rafael Borges/Money Times)
O 💥️Bradesco (💥️BBDC4), segundo maior 💥️banco do Brasil em valor de mercado, planeja comprar mais participações minoritárias em 💥️empresas de tecnologia para acelerar sua expansão nos EUA.
“Vamos investir em empresas digitais que podem nos ajudar a impulsionar nosso crescimento em todas as áreas nas quais atuamos, como investimentos, financiamento, cartões de crédito, pagamentos, segurança cibernética”, disse Leandro Miranda, responsável pela área de private equity e venture capital do Bradesco, em entrevista.
O banco já investiu US$ 700 milhões em participações minoritárias em empresas de tecnologia no Brasil e nos EUA e está buscando mais parceiros em negócios que “seriam extremamente caros para nós desenvolvermos por conta própria ou levariam muito tempo para desenvolvermos”, disse Miranda.
Os 💥️bancos brasileiros veem uma oportunidade de expansão ajudando clientes com investimentos e financiamento imobiliário nos EUA. A familiaridade dessas instituições financeiras com a 💥️América Latina garante maior conforto no processo de abertura de contas ou aprovação de crédito para a comunidade latina.
As empresas-alvo do Bradesco também se beneficiam, disse ele, porque “elas queiman caixa rapidamente para crescer e nós pagamos um dinheiro decente” em um ambiente no qual o capital se tornou escasso e caro.
O Bradesco fez uma parceria com a fintech BCP Global, com sede em Miami, em dezembro do ano passado, e desde então começou a usar a plataforma da empresa para oferecer investimentos digitais para brasileiros de classe média-alta e ricos. O banco com sede em Osasco participou em março de uma rodada de investimentos de US$ 44 milhões na ChargeAfter, plataforma digital que conecta bancos e lojistas, fornecendo aos consumidores ofertas de financiamento aprovadas de várias instituições financeiras com uma única requisição. A ChargeAfter opera nos EUA e em Israel.
“Queremos apenas ter certeza de que temos acordos operacionais com essas empresas, para que possamos colher os benefícios quando elas crescerem”, disse Miranda, acrescentando que o Bradesco muitas vezes tem o direito de preferência se a empresa planeja vender o controle a um concorrente. “Se elas querem fazer ofertas públicas de ações, geralmente estamos ok com isso”, disse ele.
O Bradesco planeja usar parcerias com fintechs como operações de “white label”, disse ele. “Colocamos nosso logotipo lá e preservamos a maneira como eles funcionam, para que possam se atualizar muito rapidamente e nós possamos ter infraestrutura atualizada na nuvem o tempo todo.”
O Bradesco tem seu próprio banco comercial com licença múltipla, sua corretora e sua empresa de assessoria de investimentos nos EUA depois de fechar um acordo de US$ 500 milhões em 2023 para comprar o BAC Florida Bank, com sede em Coral Gables, na Flórida, agora chamado Bradesco Bank. O banco está elevando em US$ 200 milhões o capital dessa subsidiária nos EUA, que atende pessoas físicas de alta renda, disse o vice-presidente executivo do Bradesco, Marcelo Noronha, em novembro.
Os brasileiros representam cerca de 25% dos clientes do Banco Bradesco, enquanto outros países latino-americanos respondem por 35%, segundo Miranda, que também é responsável pelos negócios da Flórida. O resto são cidadãos americanos.
“Estamos transformando nossa plataforma digital de investimentos com o BCP em uma corretora digital este mês, para que nossos clientes possam investir em qualquer ação dos EUA e, em julho de 2023, também poderão investir em títulos e fundos”, disse.
Segundo Miranda, o Bradesco Bank já é o maior financiador de imóveis residenciais para estrangeiros na Flórida, e o plano é aumentar a carteira de empréstimos do banco e ampliar serviços de gestão de fortunas.
Mas o Bradesco pretende ir além do atendimento aos ricos. Também está ajudando a fornecer crédito a indivíduos de baixa renda nos EUA, depois de adquirir uma participação de US$ 10 milhões na OneBlinc, uma empresa de Miami fundada por brasileiros. A OneBlinc oferece empréstimos consignados, contas e cartões de débito para funcionários públicos estaduais e federais e profissionais de saúde.
![Leandro Miranda](https://media.moneytimes.com.br/uploads/2022/12/leandro-miranda.jpg)
Segundo Miranda, o Bradesco Bank já é o maior financiador de imóveis residenciais para estrangeiros na Flórida, e o plano é aumentar a carteira de empréstimos do banco e ampliar serviços de gestão de fortunas (Imagem: Bloomberg)
“Percebemos que a população latina e negra dos EUA é pouco bancarizada”, disse Miranda, acrescentando que o banco pretende levar seus sistemas para os EUA e oferecer “tecnologia inovadora” para ajudar a resolver o problema.
O Bradesco já tem mais exposição do que seus pares a pequenas empresas e pessoas físicas de baixa renda no Brasil, segundo o BTG Pactual.
“Vamos investir em várias fintechs em todo os EUA para obter conhecimento local sobre os clientes, entender suas necessidades, seu comportamento e como podemos levar nossos sistemas para atendê-los”, disse Miranda.
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