Dólar (USDBLR) sobe ante real após liminar de Gilmar Mendes sobre Bolsa Família

Dólar

A moeda norte-americana à vista subiu 0,34%, a 5,3103 reais na venda (Imagem: Unsplash/regularguy.eth)

O 💥️dólar (💥️USDBLR) subiu frente ao real nesta segunda-feira, após a decisão do ministro do 💥️STF 💥️Gilmar Mendes de conceder liminar que retira o 💥️Bolsa Família da regra do teto de gastos, com investidores tentando entender como a medida afeta a tramitação da PEC da Transição na 💥️Câmara dos Deputados.

A moeda norte-americana à vista subiu 0,34%, a 5,3103 reais na venda.

Na 💥️B3 (💥️B3SA3), onde os negócios vão além das 17h (de Brasília) o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,19%, a 5,3215 reais.

Gilmar Mendes concedeu na noite de domingo liminar que retira da regra do teto de gastos os recursos para o pagamento do Bolsa Família de 600 reais no ano que vem e permite que o governo federal utilize um crédito suplementar para pagar o benefício.

A decisão de Mendes acontece em meio às negociações na Câmara dos Deputados sobre a PEC da Transição, que busca retirar da regra do teto de gastos recursos para o cumprimento de promessas de campanha feitas pelo presidente eleito 💥️Luiz Inácio Lula da Silva, entre eles a manutenção do benefício social de 600 reais.

A XP avaliou em nota que o impacto fiscal da liminar de Mendes tende a ser menor que o da PEC da Transição, mas ponderou que “ainda é preciso compreender melhor os detalhes da medida e como isso afeta a tramitação do projeto (PEC) na Câmara”.

Apesar da decisão de Gilmar Mendes, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta segunda-feira a aprovação da PEC da Transição pelo Congresso.

A proposta, que oferece maior segurança jurídica ao governo eleito, está entrando em uma semana decisiva, depois de o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ter anunciado que a votação do texto acontecerá na terça-feira.

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Apesar da decisão de Gilmar Mendes, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta segunda-feira a aprovação da PEC da Transição pelo Congresso (Imagem: REUTERS/Gary Cameron)

Para Wanessa Guimarães, sócia da HCI Investimentos e planejadora financeira pela Planejar, qualquer leitura de que o Orçamento será estourado ou flexibilizado é negativa para o mercado de câmbio, seja via PEC ou qualquer outro caminho. “A expectativa é de que a gente tenha um dólar crescente daqui para a frente”, avaliou ela, que também prevê muita volatilidade nas negociações desta semana.

No exterior, ajudando a limitar as perdas do real, o dólar caía ligeiramente contra uma cesta de moedas fortes, o que Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora, atribuiu a um ajuste depois de ganhos recentes na esteira da decisão de política monetária do Federal Reserve da semana passada.

Embora tenha desacelerado o ritmo de seu aperto monetário em reunião de dezembro, o banco central norte-americano emitiu comunicado mais duro do que o esperado, alertando que sua batalha contra a inflação ainda não acabou, o que despertou temores de que a alta dos juros nos Estados Unidos levará a maior economia do mundo a uma recessão.

Nesse contexto, o dólar foi beneficiado nos últimos dias, já que é considerado aposta segura em momentos de incerteza econômica.

Na última semana antes do Natal, investidores alertavam para volumes reduzidos de negociação no mercado brasileiro.

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