Sem uma Petrobras do leite, a lembrança do ano foi o litro bem acima do preço da gasolina

Boi

Pastos mais secos e custo mais altos fizeram disparar o leite em 2022 (Imagem: Pixabay/Elsemargriet)

Em 2023, foi o ano do arroz. Em 2023, do feijão. Em 2022, do 💥️leite. Ano de 💥️inflação setorial disparada muito acima da capacidade do consumidor, pegando mais um produto básico.

As altas acima de 20% a 25% no tipo longa vida, entre junho e julho, passando com folga dos R$ 9 o litro no Sudeste, ou nos R$ 10 no Centro-Oeste, se destacaram no cenário este ano.

Sem uma 💥️Petrobras (💥️PETR4) para conter reajustes e queda dos impostos, leite ficou mais caro que a 💥️gasolina.

Parte desse resultado está na pesquisa do 💥️Rabobank, que acusa queda de demanda de 3% no acumulado de 2022, para uma média de consumo per capita de 165 litros anuais. O que já era uma das menores necessidades, ficaram mais baixas ainda, na comparação com países do mesmo nível de desenvolvimento, ou na comparação com a Argentina, por exemplo.

As vacas leiteiras produziram muito menos, com a antecipação da estiagem carregada pelo fenômeno La Niña, e os produtores tiveram que embutir nos preços também a elevação dos custos de produção.

Ou seja, sem pastos e com insumos mais altos vindos com a guerra da Ucrânia, o reajuste do produtor aos laticínios avançou também naquela mesma base do repasse ao consumidor.

Embora essa gangorra acentuada desestabilizou a cadeia, os produtores – ou os mais capacitados – conseguiram recuperar as margens, como afirma Paulo Martins, chefe-geral da 💥️Embrapa Gado de Leite.

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