Plantio de soja avança pouco no RS e produtores semeiam em solo seco, diz Emater
Apesar do atraso, a Emater apontou em relatório nesta quinta-feira uma estimativa de produtividade de 3.131 quilos por hectare (Imagem: REUTERS/Jose Roberto Gomes)
O plantio de 💥️soja no 💥️Rio Grande do Sul atingiu até esta quinta-feira 93% da área total projetada, avanço de apenas três pontos percentuais na comparação com a semana anterior, uma vez que produtores gaúchos lidam com insuficiência de chuvas, de acordo com relatório da Emater-RS.
O índice de plantio é o mesmo visto nesta época em 2023, quando o Estado já sofria os efeitos de uma severa seca que resultou em perdas de produtividade. Na comparação com a média histórica, há um atraso de cinco pontos percentuais.
Apesar do atraso, a Emater apontou em relatório nesta quinta-feira uma estimativa de produtividade de 3.131 quilos por hectare, a mesma prevista inicialmente, quando projetou uma safra de 20,56 milhões de toneladas de soja, o que representaria um aumento de 124,4% na comparação coma temporada anterior, atingida pela estiagem.
O Rio Grande do Sul tradicionalmente figura entre os três principais Estados produtores de soja do Brasil.
A Emater apontou ainda que a maior parte das lavouras está em germinação ou desenvolvimento vegetativo, enquanto uma parcela de 5% se encontra em floração.
O Rio Grande do Sul tradicionalmente figura entre os três principais Estados produtores de soja do Brasil (Imagem: REUTERS/Jorge Adorno/File Photo)
De acordo com o Informativo Conjuntural da empresa de assistência técnica, a ocorrência de chuvas irregulares em parte do território, nos últimos períodos, permitiu um avanço um pouco maior na semeadura.
“Onde as precipitações foram suficientes para repor a umidade nos solos, os produtores aceleraram a operação para se aproximar da finalização ainda no mês de dezembro”, afirmou.
“Mesmo onde não ocorreram as precipitações, parte dos produtores com lavouras mais extensas efetuou o plantio em solo seco, aguardando as precipitações previstas para o final do período.”
Em relação às condições das lavouras, as mais antigas, que receberam precipitações, retomaram o crescimento, com folhas bem desenvolvidas e coloração verde intensa, notou a Emater. “Onde não choveu, ou o volume foi muito baixo, permanecem os sintomas de déficit hídrico, como o murchamento de folhas, a paralisação no crescimento… e, em casos extremos, a morte de plantas.”
No milho, a repetição do comportamento do tempo, com chuvas mal distribuídas e em volumes variáveis, contribuiu para a manutenção do quadro de insuficiência hídrica, “que é mais grave na metade Oeste do Estado”.
O plantio do milho evoluiu de forma “muito lenta” e atinge 91% da área estimada para a safra. Atualmente, 30% da área cultivada com milho está em germinação e desenvolvimento vegetativo, 20% em floração, 34% em enchimento de grãos e 16% em maturação.
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