Inflação segue para terceiro ano acima da meta: Veja o que esperar do IPCA em 2023
Em 2023, a inflação deve fechar o ano com alta acumulada de 5,4%. (Imagem: Shutterstock)
Ao longo de 2022, o mercado viveu uma 💥️montanha-russa inflacionária: a 💥️inflação começou o ano em dois dígitos, chegou ao pico acumulado de 12,13% e caiu para o patamar de 5,90% em novembro.
No entanto, o ano de 2023 não deve trazer grandes quedas no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (💥️IPCA). Na verdade, a expectativa do mercado é que o indicador siga em torno dos 5% nos próximos 12 meses.
“A parte fácil da desinflação parece já ter acontecido. Os cortes de 💥️impostos tiveram um efeito importante na queda dos preços e a dúvida agora é de quais 💥️impostos voltam a pressionar a 💥️inflação”, afirma Mauricio Oreng, superintendente de pesquisa macroeconômica do 💥️Santander.
Para o economista, o ano deve fechar com o 💥️IPCA acumulado em 5,4%. Se confirmado, será o terceiro ano seguido de 💥️inflação acima do teto da meta estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (💥️CMN).
Em 2023, a meta era de 3,75% e o teto era de 5,25%; no ano, o acumulado do 💥️IPCA foi de 10,06%.
Para o ano passado, o teto da 💥️inflação era de 5%, sendo que até novembro o acumulado do ano foi de 5,13%. O teto de 2023 é mais baixo, de 4,75%.
O que pressiona a inflação
Mauricio destaca que alguns grupos, como de bens industriais, devem ajudar no processo de desinflação por causa do recuo dos preços das 💥️commodities.
Por outro lado, grupos com 💥️inflações cíclicas, como o de 💥️serviços, a alta dos preços é persistente. Os dados devem mostrar uma queda logo no começo do ano, por uma questão de efeito de base, mas logo voltam a subir.
“O que a gente tem é um quadro de uma persistência inflacionária e uma dificuldade grande para trazer o 💥️IPCA de volta para os 3,25% ✅[centro da meta de 2023]”, afirma.
No entanto, o que mais preocupa o mercado e o 💥️Banco Central é o risco 💥️fiscal do novo governo.
“Lula vai herdar uma série de desafios e a questão 💥️fiscal tem grande destaque. 2022 foi um ano de gastos extraordinários, seja via transferência de renda, seja via subsídio, e agora é preciso acomodar tudo isso no Orçamento e equalizar as contas públicas”, aponta Thiago Xavier, economista e analista da 💥️Tendências Consultoria.
Ele lembra que o 💥️Banco Central já destacou mais de uma vez nas atas do Comitê de Política Monetária (💥️Copom) que está acompanhando a agenda fiscal e os seus efeitos na economia.
“A 💥️inflação, sem dúvida, é uma preocupação para o ano que vem”, afirma Thiago.
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