Haddad anuncia meta ousada com foco na arrecadação, mas faltam detalhes; veja o que dizem economistas
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, anuncia medidas para reduzir rombo nas contas públicas com foco no aumento das receitas (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)
A equipe econômica anunciou na tarde desta quinta-feira (12) uma série de medidas para reduzir o rombo nas contas públicas. Porém, ao invés de combater os 💥️gastos, o foco ficou no aumento das receitas através da arrecadação federal.
Entre elas, está a reoneração parcial de combustíveis a partir de março. Porém, o prazo ainda está em aberto, a ser avaliado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que estabeleceu metas para os ministérios.
Porém, não há ainda clareza do esforço fiscal a ser feito de fato. Por isso, o economista André Perfeito considera “ambiciosa” a meta anunciada por 💥️Haddad, em conjunto com as ministras Simone Tebet (Planejamento) e Esther Dweck (Gestão).
O economista chama a atenção para a falta de considerações mais detalhadas sobre o teto de gastos. “E isso sugere que, de fato, o governo deve substituir essa regra fiscal”, afirma.
Ambição sem detalhes
O próprio Haddad apontou que pode haver frustração ao longo do caminho para zerar o déficit primário até o início de 2024. Mas o ministro salientou que irá corrigir a rota ao longo do caminho.
“Esse disclaimer do ministro é um bom sinal, uma vez que afirma forte determinação da 💥️Fazenda e do 💥️Planejamento em perseguir o saneamento das contas públicas”, avalia Perfeito, em comentário. Porém, ele destaca que o anúncio também evidencia a ausência de detalhes.
Ou seja, que ainda não se sabe ao certo o quanto de fato pode ser feito. “Em suma, as medidas vão no caminho correto, em busca de uma saúde financeira maior para a nação, ainda que as referências estejam relativamente distorcidas”, emenda o economista da Ativa Investimentos, Étore Sanchez.
Ao mesmo tempo, Haddad enfatizou muito na recomposição das receitas. “Este também é o espírito do programa ‘Litígio Zero’, que busca fazer uma grande reorganização das dívidas devidas”, emenda Perfeito.
Seja como for, o CIO da TAG Investimentos, Dan Kawa, avalia que o anúncio não parece suficiente para endereçar a situação 💥️fiscal do país. Nem no curto nem no longo prazo.
“Algumas medidas trarão receitas, mas o valor total parece muito superestimado”, diz, em comentário no Twitter.
Ousada ou tímida?
Por isso, boa parte do 💥️mercado vai achar tímidas as medidas anunciadas. Afinal, não há, de fato, nenhum efeito imediato.
“Mas é prudente por parte dos ministros essa postura, uma vez que a elevação da receita e o corte de despesas será feito de maneira cautelosa”, avalia Perfeito.
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