Americanas (AMER3) entra com pedido de recuperação judicial
(Imagem: Flávya Pereira/Money Times)
A 💥️Americanas (💥️AMER3) entrou com pedido de 💥️recuperação judicial, mostra documento enviado ao mercado nesta quinta-feira (19). As dívidas da empresa somam R$ 43 bilhões.
O movimento já era esperado por analistas e investidores.
Nesta quinta-feira (19), a empresa havia soltado comunicado avisando que poderia entrar em recuperação judicial em questão de dias devido à queima de caixa, que é de “apenas R$ 800 milhões”.
Segundo levantamento dos escritórios de advocacia Lara Martins Advogados, Mingrone e Brandariz, a Americanas deve ocupar o quarto lugar entre as maiores operações de recuperação judicial já realizadas no Brasil.
No documento, a 💥️Americanas diz que, menos de seis horas depois da divulgação ao mercado do fator relevante, alguns credores, “sem qualquer embasamento contratual ou legal, já haviam declarado o “Esses fatos, isoladamente, já tornariam extremamente difícil a continuidade No dia seguinte (12), o papel derreteu mais de 78%, a maior queda diária da bolsa desde 2008. Dois terços do valor de mercado foram perdidos e inúmeras casas de análises, corretoras e bancos colocaram a empresa sob revisão. Na sexta (13), foi a vez das agências de classificação de risco, como S&P, Fitch e Moddys, cortarem os ratings da companhia. Neste mesmo dia, a Americanas se reuniu com os credores, entre eles os principais bancos do país, sem que se chegasse a um acordo, com credores pedindo o vencimento antecipado das dívidas da companhia. Banco queriam, no mínimo, que os acionistas referência, formado por 💥️Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, aportassem R$ 10 bilhões. No entanto, o trio propôs R$ 6 bilhões. Foi então que a Americanas entrou com pedido de proteção contra a execução das dívidas, o que irritou profundamente os credores. O primeiro a entrar na Justiça contra a medida foi o BTG, ainda no domingo. Após várias tentativas, o banco conseguiu derrubá-la. A partir desde momento, a situação piorou de forma rápida. Sem os recursos dos bancos e queima de caixa constante, a Americanas se viu obrigada a entrar em recuperação judicial para sobreviver. A XP elencou quatro consequências caso a empresa decida realizar uma recuperação judicial. Os analistas recordam ser um processo longo, com duração média de três anos, mas excedendo esse prazo em muitos casos — a 💥️Oi (💥️OIBR3), o maior caso de recuperação judicial do Brasil, demorou seis anos. Outra consequência seria a saída do 💥️Ibovespa, já que de acordo com a metodologia da B3, as companhias em RJ não são elegíveis para entrar no índice, o que pode impactar negativamente a liquidez da varejista. Além disso, segundo os analistas, as ações tendem a sofrer com a volatilidade durante processos de recuperação judicial, uma vez que as medidas são focadas nos credores e são geralmente diluitivas aos acionistas. Entre as soluções para a saída do processo estão o desinvestimento de ativos, renegociação de dívidas, conversões de dívidas em ações e aumento de capital. A 💥️Natural da Terra, hortifrúti comprada pela 💥️Americanas em 2023, e a rede Vem Conveniência, joint venture com a 💥️Vibra (💥️VBBR3), estão entre os ativos que podem ser vendidos, segundo informações do ✅Valor Econômico. 💥️Veja o documento do pedido:As consequências para a ação
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