Americanas (AMER3): Recuperação judicial vai prejudicar consumidores? “Entre nós e você, nada mudou”, diz va

Lojas Americanas

Em meio a recuperação judicial, Americanas afirma que relação com consumidor não mudará (Imagem: Flávya Pereira/Money Times)

A 💥️Americanas (💥️AMER3) entrou com pedido de recuperação judicial nesta quinta-feira (19). As dívidas da empresa somam R$ 43 bilhões.

💥️Entenda o que é o processo de recuperação judicial que a Americanas vai enfrentar

Em meio a este cenário, a 💥️varejista afirma que nada mudou com 💥️consumidores e que seguem abertos e prontos para receber compras e realizar entregas, nas lojas, no site e no aplicativo.

“Somando os esforços do nosso time e das melhores soluções tecnológicas, vamos continuar dando acesso ao maior número de brasileiros e brasileiras às melhores ofertas, produtos e serviços. Então, se tem uma coisa que nada muda é que, por aqui, seguimos pensando e trabalhando por você.” diz a companhia.

Guilherme Farid, chefe de gabinete do Procon-SP, explica a recuperação judicial não afeta as compras dos consumidores.

“A recuperação judicial afeta apenas os credores da empresa e o consumidor neste momento não configura um credor, ele configura como uma parte da relação jurídica que deve receber o que foi encomendado”, explica.

Farid destaca que os afetados neste momento são os fornecedores da Americanas.

Direitos do consumidor

Na última sexta-feira (13), o 💥️Procon-SP notificou a Americanas. Segundo o comunicado, além de informar até que ponto ficam comprometidas as compras efetuadas pelos consumidores e detalhar quantas pessoas serão afetadas, a Americanas deverá esclarecer se as reclamações dos últimos 90 dias na plataforma do Procon-SP tem relação com os problemas noticiados e, em caso positivo, qual o plano de ação para solução.

Procurado pelo 💥️Money Times, o Procon disse que a resposta da Americanas está em análise. A empresa teve até o dia 17 de janeiro para responder à notificação.

Farid explica que no momento prevalecem os direitos comuns ao consumidor, e que o consumidor pode utilizar os 7 dias de arrependimento para solicitar devolução de algum produto, conforme prevê o Código de Defesa do Consumidor.

Ainda, no caso de atrasos de entrega por mais de 30 dias, o consumidor tem direito a pedir o dinheiro de volta ou utilizar o valor como crédito, se assim quiser.

Rombo bilionário afeta relação com fornecedores

Apesar da garantir a continuidade da boa relação com os clientes, quando se tratam dos fornecedores, a relação está estremecida.

Segundo o jornal ✅O Globo, uma parcela dos fornecedores vem suspendendo vendas à empresa ou exigindo pagamento à vista para manter a entrega de produtos.

Vale destacar que a Americanas conta com 3.600 lojas em todo o 💥️Brasil, além de manter um marketplace com 150 mil vendedores cadastrados.

De acordo com o jornal, a relação com fabricantes de eletroeletrônicos está paralisada deste a quinta-feira da semana passada, um dia depois das informações sobre o rombo contábil serem divulgadas.

Sem evidência de aporte pelo trio da 3G Capital, composto por Jorge Paulo Lemman, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, muitas empresas resolveram parar de entregar mercadorias.

Neste cenário, grandes fabricantes de produtos vendidos pela 💥️Americanas não têm conseguido obter linhas de crédito junto aos 💥️bancos para antecipar recursos de pagamento por vendas feitas à companhia.

Segundo um empresário, sem essa segurança bancária o risco recai sobre quem vende para a Americanas, com impacto direto aos maiores fornecedores.

💥️Veja o comunicado da Americanas  ao consumidor na íntegra:

Queridos clientes:

Os últimos dias não foram fáceis e tivemos que entrar com pedido de recuperação judicial. Desde que descobrimos inconsistências contábeis em nossos balanços, agimos com serenidade e transparência para comunicar o fato e seguimos com o objetivo de negociar com nossos credores para encontrar uma solução rápida e funcional para todas as partes. Isso não foi possível. Esgotadas as negociações com os credores, nos vimos obrigados a nos proteger com este pedido na Justiça.

Sabemos que surgirão dúvidas sobre o nosso futuro. Por isso, é importante lembrar que a recuperação é apenas um recurso judicial utilizado para proteger nosso caixa para que possamos continuar em operação em nossas lojas, sites e app enquanto, em paralelo, seguimos em novas negociações com tais credores.

A Americanas é uma varejista quase centenária, que presta um serviço amplo à população, emprega mais de 100 mil pessoas direta e indiretamente, e tem um compromisso social forte de levar produtos acessíveis aos seus 53 milhões de clientes.

Somos milhares de funcionários e continuamos trabalhando com dedicação para atender você com a melhor experiência e manter essa companhia de pé. Seguiremos juntos para que a Americanas continue ativa e relevante no dia a dia de nosso país.

O que você está lendo é [Americanas (AMER3): Recuperação judicial vai prejudicar consumidores? “Entre nós e você, nada mudou”, diz va].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

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