Marcação a mercado completa um mês, revelando queda de 30% das debêntures e impacto da Americanas (AMER3)

Marcação a mercado

Marcação a mercado coloca na palma da mão do investidor o controle do seu patrimônio em renda fixa; entenda as mudanças (Imagem: Reuters/José Manuel Ribeiro)

A nova regra sobre a 💥️marcação a mercado em 2023 já completou um mês, com investidores entendendo que a 💥️renda fixa não é tão “fixa” assim até que o vencimento do título seja atingido.

Com mais transparência na praça, o investidor pôde notar a derrocada de quase 30% das 💥️debêntures neste início de ano.

Nos últimos 30 dias, o 💥️IDA-IPCA (índice de debêntures fora do setor de infraestrutura) da Anbima despencou 28,56%.

A mediana dessas debêntures também amarga nos últimos 12 e 24 meses quedas de 23,49% e 18,40%, respectivamente.

Todos esses números negativos estão mais visíveis na palma da mão dos investidores, já que todos os bancos e corretoras de valores são obrigados a apresentar a leitura das aplicações em renda fixa na forma de marcação a mercado.

O regramento engloba tanto 💥️títulos públicos no 💥️Tesouro Direto, quanto títulos de 💥️crédito privado (💥️CRAs, 💥️CRIs e debêntures). A exceção fica para os 💥️títulos bancários (💥️CDB, 💥️LCA e 💥️LCI), que seguem 💥️marcados na curva, uma forma mais simples de compreender, mas que acaba mascarando o patrimônio do investidor.

Marcação a mercado na prática

Pelo menos dois fatores neste início de ano são determinantes para que o investidor possa compreender a desvalorização dos preços de muitos títulos de renda fixa na marcação a mercado, que mostra ao investidor o quanto ele receberia caso vendesse antecipadamente suas aplicações no momento.

Vale frisar que, quem carrega seus títulos de renda fixa até o vencimento garante as taxas de rentabilidade no momento da compra, mas até lá também acompanha a variação do seu patrimônio.

A primeira razão para a queda de muitas debêntures em 2023 — especialmente títulos de dívidas indexados ao 💥️IPCA — diz respeito ao patamar recorde do 💥️juro real longo, que atinge o seu maior nível desde 2016.

Esse juro já desconta o impacto da inflação e, no momento, ronda taxas de IPCA + 6,5% ao ano no Tesouro Direto em prazos mais longos.

Quando o juro real se encontra elevado como agora significa que o mercado coloca nos preços a insegurança sobre a sustentabilidade da dívida pública. Em tese, o risco de um país dar calote é bastante inferior ao de bancos e empresas.

E justamente o risco de empresas não honrarem com o dinheiro emprestado por investidores que detêm debêntures é o que compõe o segundo fator de risco nesse início de ano, escancarado pelo caso 💥️Americanas (💥️AMER3).

Caso Americanas

Assim como os sócios da empresa, que detêm ações, 💥️veem suas posições derreterem quem emprestou dinheiro para a varejista. 💥️Ao possuir debêntures da Americanas, também enfrenta perdas diante do risco de calote.

A empresa já anunciou ao mercado que não realizou o pagamento da remuneração prevista a debenturistas da 17ª emissão da companhia e que o calote no título é respaldado por decisão judicial.

No caso dessas debêntures, a dívida da Americanas corresponde a R$ 2 bilhões com recursos para reforço do caixa e para fazer frente às dívidas com vencimento em 2022 e 2023. No total, a empresa tem R$ 42 bilhões em dívidas entre bancos, credores e investidores.

Operadores e gestores afirmam que o 💥️mercado secundário de títulos já reflete condições piores da dívida da Americanas (debêntures). Segundo eles, houve um salto nas taxas cobradas, derrubando o valor de face do papel pela metade.

A marcação a mercado deixou mais claro ao investidor que, enquanto não chega a data de vencimento de um título de renda fixa, o ativo pode oscilar de preço tanto quanto na 💥️renda variável, gerando ocasiões de lucro ou prejuízo ao investidor caso precise ou queira vender antecipadamente sua aplicação.

Quando as taxas sobem, como foi o caso do juro real em 2023, os preços dos ativos de renda fixa caem na marcação a mercado, e vice-versa.

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