Americanas (AMER3) afasta membros do alto-escalão em meio a investigações de rombo contábil
Americanas afasta três diretores em meio a investigações de rombo contábil (Imagem: Gustavo Minas/Bloomberg)
O conselho de administração da 💥️Americanas (💥️AMER3) decidiu afastar nesta sexta-feira (3) os diretores estatutários 💥️Anna Christina Ramos Saicali, que comandava a Ame Digital, 💥️José Timotheo de Barros e 💥️Márcio Cruz Meirelles, além dos executivos 💥️Fábio da Silva Abrate, Flávia Carneiro e 💥️Marcelo da Silva Nunes de todas as suas funções e atividades na companhia e suas controladas.
Os diretores faziam parte do mais alto-escalão da companhia, que engloba ainda o atual presidente-executivo, João Guerra, e a diretora financeira de relações com investidores, Camille Loyo Faria. Ambos chegaram à Americanas após a revelação de inconsistências contábeis.
Em 11 de janeiro, a Americanas comunicou o mercado que encontrou inconsistências contábeis no valor de R$ 20 bilhões nos balanços. As irregularidades foram detectadas durante o mandato de 💥️Sergio Rial, que havia assumido a cadeira de CEO apenas nove dias antes. No mesmo dia, Rial renunciou ao cargo.
A notícia causou um terremoto no mercado e foi classificada pelos advogados do 💥️BTG Pactual (💥️BPAC11), um dos maiores credores da companhia, como “a maior fraude” da história corporativa do Brasil.
O rombo nas contas foi gerado pela omissão, por parte da empresa, dos juros devidos aos bancos, em operações conhecidas no mercado como “💥️risco sacado”.
Pouco após a notícia de inconsistências contábeis vir à tona, a Americanas entrou com um 💥️pedido de recuperação judicial à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que o aceitou no mesmo dia. No documento em que justifica a medida, a companhia alegou possuir R$ 43 bilhões em dívidas junto a mais de 16 mil credores.
O afastamento dos diretores ocorre durante o curso das apurações decorrentes da descoberta das inconsistências contábeis.
A decisão dos conselheiros acontece após a eleição da nova diretoria financeira, cuja posse ocorreu em 1º de fevereiro de 2023, além da contratação da Alvarez & Marsal como Project Management Office (PMO) para fins da recuperação judicial e da consultoria da Deloitte Touche Tohmatsu para assessoria contábil.
✅Com informações da Reuters.
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