Bradesco (BBDC4) vai agradar como Itaú (ITUB4) ou decepcionar como Santander (SANB11) com os resultados hoje?
Bradesco é cotado como um dos destaques negativos do setor na temporada de resultados do quarto trimestre de 2022 (Imagem: Adriano Machado/Bloomberg News)
A reação dos investidores com os resultados do 💥️Itaú (💥️ITUB4) no último pregão respingou em outras empresas do setor bancário, incluindo o 💥️Bradesco (💥️BBDC4), que reporta seus números do quarto trimestre de 2022 nesta quinta-feira (9), após o fechamento do mercado.
As ações do Itaú e da sua holding controladora 💥️Itaúsa (💥️ITSA4) saltaram mais de 8% ontem, apesar de um lucro reportado aquém das expectativas. Houve uma reação em bloco dos bancões na Bolsa, com 💥️Banco do Brasil (💥️BBAS3) avançando 2,37% e 💥️Santander Brasil (💥️SANB11), que entregou resultados fracos, disparando quase 5%. Surfando a boa onda, o Bradesco subiu 4,89%.
Mas, diferentemente dos números positivos que o mercado esperava (e recebeu) do Itaú, o Bradesco está cotado para ser um dos destaques negativos da temporada de resultados, junto com o Santander. Analistas estimam mais um trimestre de dados fracos para a empresa, reflexo da piora da inadimplência e aumento das despesas de provisão.
O 💥️UBS BB espera uma contração significativa para os resultados do Bradesco. Além das provisões, os resultados comerciais devem vir fracos, avaliou a instituição, em relatório enviado a clientes.
A estimativa da casa é de contração no lucro (-37%), a R$ 4,2 bilhões. O consenso do mercado prevê R$ 4,46 bilhões, de acordo com o levantamento feito pela Bloomberg.
Efeito Americanas
Analistas mapearam os possíveis efeitos do caso da 💥️Americanas (💥️AMER3), que entrou recentemente com um pedido de recuperação judicial ao detectar dívidas de mais de R$ 40 bilhões.
Para o 💥️Money Times, Larissa Quaresma, analista da 💥️Empiricus Research, avaliou que, dada a situação atual, alguns bancos poderiam optar por provisionar antes o impacto da varejista.
No relatório de resultados do Itaú, a companhia informou que reforçou em 100% a provisão para créditos de liquidação duvidosa, gerando um impacto de R$ 719 milhões no resultado recorrente gerencial, com a diferença para a exposição total sendo reconhecida na provisão complementar.
Sem esse efeito, o resultado recorrente teria atingido R$ 8,4 bilhões e o retorno recorrente gerencial sobre o patrimônio líquido seria de 21%.
Leandro Petrokas, diretor de research e sócio da 💥️Quantzed, disse ontem que, com a provisão para cobrir 100% da exposição de crédito junto à Americanas, o Itaú limpa todo o “efeito Americanas” no balanço do quarto trimestre de 2022.
Segundo o 💥️Itaú BBA, que rebaixou o Bradesco para “underperform” (desempenho esperado abaixo da média do mercado, equivalente a “venda”) no fim do mês passado, a companhia entra em uma “tempestade perfeita” em 2023 e 2024, com Americanas pesando ainda mais o cenário de custos elevados de provisões, mantendo o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) abaixo do custo de capital até o fim do ano que vem.
O BBA afirmou em relatório que o caso da Americanas está causando um efeito cascata maior que o antecipado e poderia acelerar o que era esperado para ser apenas um ciclo de NPL (crédito não produtivo) corporativo normalizado, especialmente em PMEs.
Na avaliação dos analistas, o Bradesco deve ser o banco mais afetado pelo rombo da Americanas.
No início da semana, a 💥️Genial Investimentos rebaixou a recomendação do banco para “manter”, uma vez que projeta um cenário de curto prazo sem gatilhos para a ação, além de um ambiente desafiador, com resultados fracos e o risco Americanas no radar.
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