CCR (CCRO3) tem prejuízo no 4º tri com efeitos não recorrentes e prevê investir R$ 7 bi em 2023
Na outra ponta, a CCR teve receita extra com a venda de ativos como a Samm, de fibra ótica subterrânea, negócio de 245 milhões de reais anunciado em dezembro (Imagem: Reuters/Gabriel Araujo)
A 💥️CCR (💥️CCRO3) teve prejuízo no quarto trimestre de 2022, resultado influenciado por efeitos extraordinários, e indicou que se concentrará em concessões já contratadas neste ano, período no qual pretende investir cerca de 7 bilhões de reais.
A concessionária de 💥️rodovias, modais urbanos e 💥️aeroportos anunciou nesta quarta-feira que teve prejuízo líquido de 217 milhões de reais de outubro a dezembro, ante resultado também negativo de 133 milhões na mesma etapa de 2023.
Os números do trimestre incluem o pagamento de 340 milhões de reais pela companhia ao governo do Paraná para encerrar pendências relativas à concessão da Rodonorte. A CCR também mudou da linha de investimento para custo um montante de 470 milhões de reais relativos a obras adicionais na ViaOeste, que administra as rodovias Castelo Branco e Raposo Tavares.
Na outra ponta, a CCR teve receita extra com a venda de ativos como a Samm, de fibra ótica subterrânea, negócio de 245 milhões de reais anunciado em dezembro.
Sem esses efeitos, a concessionária de infraestrutura teve no trimestre lucro de 219 milhões de reais, aumento de 36,3% sobre um ano antes. Isso refletiu o crescimento de 10,8% da receita líquida recorrente, para 2,62 bilhões de reais.
O resultado operacional da CCR medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 17,6% ano a ano, com margem de 61,1%, alta de 3,6 pontos.
Segundo a gerente de relações com investidores da CCR, Flavia Godoy, a companhia registrou crescimento gradual dos modais rodoviários e mais forte em aeroportos, segmento no qual está perto de recuperar os níveis de atividade pré-pandemia.
“Em modais urbanos, a recuperação está sendo mais lenta”, disse Godoy à 💥️Reuters.
De todo modo, será neste nicho que a CCR deve empregar boa parte dos cerca de 7 bilhões de reais que pretende investir ao longo de 2023. Só as linhas 8 e 9 do metrô de São Paulo, que estão registrando paralisações por problemas operacionais recentemente, devem consumir cerca de 2,5 bilhões de reais.
Segundo Godoy, a CCR está “olhando de forma mais seletiva” a eventual participação em novas concessões neste ano. “Para 2023, o foco é no que já contratou.”
A CCR fechou dezembro com alavancagem financeira medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda de 1,7 vez. Mas, excluindo efeitos não recorrentes, o índice ficou em 2,9 vezes.
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