XP (XPBR31): Inferno astral da empresa vai longe; entenda
Soma de problemas: XP (XPBR31) sofreu com queda de receitas e custos elevados no 4T22 (Imagem: Divulgação/ Nasdaq)
Ontem (16), após o fechamento do mercado, a XP (XPBR31) divulgou seus números do 4T22, que decepcionaram – hoje, o papel cai cerca de 20%. O lucro antes de impostos foi de R$ 738 milhões, queda trimestral de 25%. A má performance foi causada pela perda de receita em função das eleições e da Selic alta; além de uma estrutura de custos desfavorável.
A receita líquida foi de R$ 3,2 bilhões, queda de 12% contra o 3T22. A diminuição é explicada pelos segmentos Institucional (-38% t/t) e Serviços para Emissores (-37% t/t), afetados pela antecipação de negócios para antes das eleições e da copa, além da piora do mercado depois dos resultados das urnas.
A situação também piorou na linha de custos, que subiu 10% na comparação trimestral, para R$ 1,1 bilhão. O aumento foi causado por um mix pior nas comissões devidas , com maior participação do varejo; além de uma mudança no reconhecimento das tarifas de intercâmbio do cartão em compras parceladas; e, por fim, uma despesa de término de contrato com AAIs no valor de R$ 35 milhões.
Com isso, a margem bruta ficou em 65,1% no período, queda de 7,1 p.p. na comparação trimestral.
XP (XPBR31): Despesas ficaram estáveis no 4T22
Do lado positivo, já é possível enxergar algum controle das despesas comerciais e administrativas. Excluindo incentivos de performance recebidos do Tesouro Direto e da B3, as despesas ficaram estáveis trimestralmente.
A companhia informou que cortou o número de funcionários em 6% no começo de 2023, o que deve ajudar a diminuir essa linha ao longo do ano – mas não sem incorrer em despesas de rescisão inicialmente. Assim, a XP sinalizou que as despesas comerciais e administrativas devem cair cerca de 6% no ano fechado.
As quedas de receita e margem bruta, associadas à manutenção do patamar de despesas, fez com que a companhia perdesse alavancagem operacional, gerando queda na linha final e perda de rentabilidade.
O lucro antes de impostos (EBT), que tira o efeito favorável da baixa alíquota de imposto de renda da companhia, ficou em R$ 738 milhões (-25% t/t), com margem de 23,2% (-3,9p.p.).
Olhando à frente, a XP…
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