Soja vai ganhando tempo antes que as pressões de março em diante fiquem mais presentes
Colheita brasileira da soja vai avançando e ofertará maior volume a partir de março (Foto: ANeto)
Os fundamentos de baixa da soja ainda devem levar mais um tempo para se fixarem nas cotações da Bolsa de Chicago (CBOT).
Por ora, prevalecem os dados piorados da oferta argentina, em seca prolongada e poucos momentos de chuvas com baixo índice de recuperação, e a demora da entrada volumosa do grão brsileira.
Já se fala em Rosário, sede da principal bolsa do país, em 33 milhões de toneladas. No Brasil, 30% no máximo colhido ainda.
Assim, os fundos comprados conseguem manter os vencimentos futuros, sempre na faixa atual, em torno dos US$ 15,40.
Até que a partir de março, com maior intensidade na segunda quinzena, o grosso da safra brasileira chegue em maiores volumes.
E vai bater com as informações conhecidas na quinta do Outlook Fórum do USDA, que manteve a estimativa de área para a próxima soja americana, em 35,4 milhões de hectares, parecida com a última, mas que se o clima for bom ofertará quase 10 milhões de toneladas a mais, para 125 milhões de toneladas, uma vez que a temporada anterior foi prejudicada.
A previsão de Vlamir Brandalizze dá conta da provável recuperação do atraso da colheita brasileira, em safra acima de 150 milhões/t, e a especulação com o plantio de verão dos Estados Unidos fazendo pressão.
Os recuos técnicos de dois dias da commodity são recuperados nesta manhã de sexta (24).
Os dois contratos futuros mais próximos, março e maio, sobem 0,60%, US$ 15,43, e 0,55%, US$ 15,35, ao redor do horário brasileiro das 8h40.
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