Carreiras: Por que os profissionais estão se demitindo?
Carreiras: O que motiva a insegurança e o eventual desejo de trocar de trabalho, é a demanda por salários mais altos (Imagem: Pixabay/Gerd Altman)
A 💥️insegurança financeira é o principal motivo pelo qual os profissionais estão se demitindo, mostrou pesquisa divulgada pelo 💥️LinkedIn.
O levantamento apurou que 60% dos trabalhadores estão questionando se devem mudar de emprego, enquanto 20% já começaram a buscar novas posições.
A pesquisa apurou que, o que motiva a insegurança e o eventual desejo de trocar de trabalho, é a demanda por salários mais altos. Na outra ponta, 68% das lideranças no 💥️Brasil não estão oferecendo aumento salarial neste momento.
Milton Beck, diretor geral do LinkedIn para a América Latina, diz que será necessário maior empenho das 💥️empresas em reter talentos, pois os profissionais estão cada vez mais confiantes sobre suas habilidades e sobre a forma como podem contribuir para a empresa e equipe.
“Temos notado a valorização de aspectos tão ou mais importantes que o salário, como a flexibilidade e o bem-estar no ambiente de trabalho. Trata-se de um momento em que líderes de todo o Brasil não podem recuar em relação ao trabalho flexível, tampouco cortar investimentos no desenvolvimento profissional, caso queiram reter seus talentos”, afirma.
Incentivo Inteligente
Para Rodolfo Carvalho, CEO da primeira plataforma a se especializar em incentivo inteligente no Brasil, a Incentivar.io, as alternativas para aumentar o engajamento e produtividade das equipes são mais efetivas hoje em dia e estão longe de ser um bicho de sete cabeças.
“Os softwares mais modernos disponibilizam e buscam entender o que de fato é importante e interessante para os colaboradores. Se, hipoteticamente, a motivação de grande parte da equipe envolve questões salariais, oferecer incentivos financeiros para que eles cumpram as metas no prazo estipulado se mostra um caminho efetivo. Quando o aspecto familiar é o que norteia determinados indivíduos, por que não oferecer experiências que podem ser usufruídas em conjunto?”, diz.
O gestor acredita que os programas de incentivo também beneficiam os aspectos psicológicos e organizacionais do colaborador, ao permitir que ele acompanhe suas metas, diariamente e de forma organizada, em plataformas personalizáveis.
“Cada integrante de cada equipe se sente menos ansioso. Não é mais uma bola de neve de coisas para fazer. São tarefas e objetivos claros, que auxiliam a organização e o alcance dos objetivos. Esta já é uma realidade implantada e bem aproveitada por grandes grupos como Coca-Cola Femsa, iFood e Remax, que servem de inspiração para pequenas e médias empresas e futuros empreendedores”, completa.
“Tiro no pé” das empresas
Outro problema que também ganha cada vez mais espaço no debate é a Síndrome de Burnout – o distúrbio emocional caracterizado pela exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações profissionais desgastantes.
Neste caso, a adoção de uma postura mais rígida por parte dos gestores, o que normalmente envolve cobrança excessiva pelo cumprimento de metas, pode prejudicar os lucros de uma empresa tanto pela queda da produtividade quanto por um possível afastamento do colaborador por razões médicas, o que é previsto por lei.
O professor e advogado Gabriel Henrique Santoro, especialista em direito trabalhista do escritório Juveniz Jr. Rolim Ferraz Advogados, alerta para outra possibilidade de perda de receita: gastos com indenizações.
“Existe responsabilidade jurídica por parte de quem emprega. A CLT e a Constituição entendem que o empregador tem o dever de dar adequada e justa função socioambiental à sua atividade econômica, o que inclui o dever de indenizar a parte prejudicada em casos de condutas danosas praticadas dentro da relação de emprego. Não é exagero, portanto, entendermos a cobrança excessiva por resultados estando mais para um “tiro no pé” da produtividade – e consequentemente dos lucros de uma empresa – do que o contrário”, explica.
Carreiras: Por que a geração Z se demite mais?
Outra pesquisa, realizada pela consultoria LHH, mostrou que a onda de demissões continua crescendo, motivada pela influência de ver os colegas de trabalho saindo do emprego.
A consultoria explica que as demissões fazem com que 70% dos colegas de trabalho considerem sair de seus empregos também. Dos trabalhadores que viram os colegas saírem, 50% afirmam que tomaram atitudes para se demitirem nos 12 meses seguintes.
Essa influência de demissão é mais forte em gerações mais novas. A pesquisa aponta que os nascidos entre 1995 e 2010, conhecidos como 💥️Geração Z, é 2,5 vezes mais propensa a se demitir, se ver outras pessoas fazendo isso.
A base de comparação do LHH foi perante a geração de 💥️Baby Boomers, nascidos entre 1946 e 1964.
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