Área preservada junto ao Burle Marx entra em lista de novos parques
Priscila Mengue
do Estadão Conteúdo
25/05/2023 10h09
A expansão do parque é apoiada pela gestão Ricardo Nunes (MDB). Em nota enviada ao 💥️Estadão, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente diz considerar "pertinente" a proposta, "devendo primeiramente ser aprofundados os estudos de viabilidade dessa ampliação".
Se for aprovada, a expansão vai mais do que dobrar a área do Burle Marx, ultrapassando os 330 mil metros quadrados, ao incluir lotes preservados envolta do parque e uma área verde na quadra ao lote, entre a rua Itapaiúna e a Avenida Dona Helena Pereira de Moraes.
Ao longo de quase uma década, especialistas em fauna e flora elaboraram pareceres sobre a biodiversidade do local. Em 2015, por exemplo, peritos do MPF e biólogos identificaram 65 espécies de aves em apenas oito dias, como o gavião-pomba, o pica-pau verde e a araponga. Também foram encontradas diferentes Arvores da Mata Atlântica, como pau-jacaré e aroeira, e plantas raras, como a pimenta-de-macaco. Talvez a maior descoberta em relação à fauna foi a identificação há quase 10 anos de uma espécie então inédita de caramujo, o Adelopoma Paulistanum.
A inclusão da área verde no quadro de novos parques previstos na lei não significa que a implementação ocorrerá imediatamente após a aprovação. A maioria dos locais listados da atual versão do Plano Diretor, de 2014, não foram entregues.
"É importante ressaltar que o Plano Diretor Estratégico (PDE) propõe a implantação de novos parques, mas cada área verde precisa da realização de obras, manutenção, roçagem, manejo arbóreo e vigilância", justificou a Prefeitura. Hoje, São Paulo tem 111 parques e ao menos cinco estão previstos para inauguração até o fim da gestão Nunes, em 2024.
Em nota, o Fundo Panamby respondeu ao 💥️Estadão que tem discutido com a Prefeitura uma "alternativa de acordo com a inclusão das áreas adjacentes ao Parque Burle Marx na atualização do Quadro 7 na revisão do Plano Diretor". Também destacou achar importante a inclusão do tema na proposta de revisão. "A inclusão formal desses terrenos no plano de implantação de parques da cidade permitirá a utilização de um dos instrumentos urbanísticos criados no último Plano Diretor que é a Transferência do Direito de Construir (TDC), que permite a doação do terreno e como contrapartida a transferência do potencial construtivo para outro terreno na cidade de São Paulo."
Na nota, argumentou que a expansão do parque "permitirá a concretização do desejo da comunidade de ampliação da área verde e a garantia da devida compensação legal aos atuais proprietários das áreas em questão". "Uma vez promulgada a lei incluindo o Parque Burle Marx no Quadro 7 do Plano Diretor, caberá ao fundo protocolar o pedido de Manifestação de Interesse em Doação de Imóvel, para que se inicie o trâmite perante a Prefeitura."
"É importante lembrar que a prefeitura pode aceitar ou não a doação, e conforme o novo texto poderá exigir eventuais contrapartidas dos proprietários", completou.
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