Tanques, aviões e frota devastada: o cemitério submarino da Micronésia
Parece o enredo de Pearl Harbor, mas com os papéis trocados. Dessa vez, foram os americanos que devastaram a frota japonesa.
Há algumas diferenças cruciais, é bom lembrar, para evitar aporrinhação na caixa de comentários. Para começar, em fevereiro de 1944 o Império Japonês e os Estados Unidos estavam em guerra. Mas o efeito surpresa e o rastro de morte foram semelhantes (fora que a operação foi, também, uma vingança pelo ataque japonês à base havaiana em dezembro de 1941, quando os EUA ainda não haviam entrado oficialmente na guerra).
A Operação Hailstone deixou um saldo de mais de 50 embarcações e mais de 250 aeronaves destruídas. Cerca de 4,5 mil japoneses perderam a vida. O Japão abandonou o Atol de Chuuk e, dessa forma, perdeu o controle que exercia em boa parte do Pacífico: dada sua localização estratégica, Chuuk era comparada a Gibraltar, a "porta" do Mediterrâneo.
💥️Que lugar é esse?
As Chuuk entraram na rota das grandes potências quando foram avistadas pela frota do espanhol Álvaro Saavedra em 1528. A Espanha exerceu algum controle aqui e ali nos séculos seguintes até que vendeu partes da Micronésia ao Império Alemão em 1899.
A black friday de colônias teve outra reviravolta pouco depois, em 1914, com a entrada do Japão no jogo. O país teve um papel relevante, apesar de pouco lembrado, na Primeira Guerra.
O Japão era aliado de britânicos, franceses e russos (diferentemente da Segunda Guerra, em que foi inimigo) e enfrentou a marinha alemã no Pacífico. De olho em expandir sua zona de influência, o país tomou alguns territórios germânicos, entre eles a Micronésia.
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