Terremoto e frio: a saga de um ciclista e seu doguinho pelo mundo

Luiz ao lado do cachorro Belmiro, com quem viaja há um ano de bicicleta - Arquivo pessoal

Em uma página no Instagram, a "Pedalando na História", ele mostra o dia a dia na estrada, compartilha análises históricas e aventuras ao lado do cachorro, Belmiro.

Entre outros acontecimentos, Luiz ajudou a arrecadar cerca de R$ 13 mil para as vítimas do terremoto na Turquia, em fevereiro. A💥️ Nossa, ele contou sua jornada.

💥️'Podemos morrer na próxima semana'

"Eu andava de bicicleta há bastante tempo. Fiz uma viagem para o Uruguai, depois fui para a Itália e fiquei por lá um mês de bicicleta. Em outro ano, fui de Londres a Roma. Tudo isso nas minhas férias.

Com a pandemia, todo mundo parado, comecei a refletir sobre a vida. Sentia essa coisa de poder morrer logo. Foi a primeira vez que senti que poderia não ter muito tempo.

A gente acha que vai ter saúde até os 80 ou 90 anos, mas podemos morrer na próxima semana, mesmo levando uma vida saudável.

Comecei a pensar que queria fazer uma viagem por mais tempo, para aproveitar mais a vida. Vendi meu carro, pedi suspensão dos meus trabalhos como professor em três escolas particulares e comecei a juntar dinheiro.

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Luiz pretende viajar por mais dois anos ao redor do mundo de bicicleta

Para viajar de bicicleta, tem de estar sempre preparado para um imprevisto. Às vezes tem uma tempestade, um problema na bicicleta, ou o Belmiro fica doente.

Geralmente fico em barraca, em hostel ou em casa de pessoas que me hospedam. Só consigo planejar a viagem com um dia de antecedência. Além disso, tem o Belmiro, que nem sempre é aceito nos lugares.

Grande parte dos hotéis na Europa não aceita cachorro — e, quando aceitam, cobram uma taxa. Hostel é quase impossível, mas no camping é mais normal.

Tem de ter os cuidados [com o cachorro] semelhantes aos de uma criancinha. Não dá para expor ao frio extremo, tem de parar de duas em duas horas para dar água e alimento. Não vou colocá-lo em risco

Quando estou na estrada, guardo pelo menos três momentos para passear com ele. Ele é meu parceiro e me ajuda muito emocionalmente na viagem. É alegre, feliz e adora viajar. A viagem é formatada por mim e pelas necessidades dele.

Quero continuar e pretendo chegar na China. Lá devo resolver se vou para o sul da Ásia ou se vou para o Alaska. A ideia é retornar ao continente americano e descer até São Paulo de bicicleta.

Acho que, com isso, eu e Belmiro devemos ficar mais uns dois anos viajando pelo mundo.

O que você está lendo é [Terremoto e frio: a saga de um ciclista e seu doguinho pelo mundo].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

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