A baiana que tem conquistado estrangeiros em terras lusitanas com acarajé
Em 2002💥️, quando trabalhava como ajudante de Cira, famosa baiana de acarajé, Carol foi convidada por um casal de clientes portugueses para ir viver na cidade do Porto, onde trabalharia no restaurante do casal. A jovem ficou tão empolgada, que não pensou duas vezes:
"Falei assim: 'Ai, eu vou, vou pra Portugal.' E a minha mãe dizia 'Oxe, não vai, não. Você já viu a idade que você tem? Você só tem 18, vai fazer 19 anos. Vai fazer o que em Portugal sozinha?' Eu disse 'Ah, mãe, se não der certo, depois eu volto.'" Carol nunca mais voltou a morar na Bahia. No restaurante, na cidade do Porto, ela ficou encarregada de preparar moquecas, bobó e acarajé. "E era engraçado que as pessoas diziam assim: 'A gente vai pagar o rodízio, mas vai comer só acarajé.' E o meu patrão falava assim 'Menina, o que é que você bota nesse acarajé que o povo tá vindo só atrás desse acarajé?", lembra Carol com um sorriso largo.
Carol chega a cruzar o Atlântico para comprar, em Salvador, parte dos ingredientes. "Eu trago banana da terra, cana, abóbora, eu trago as coisas que eu posso trazer de lá pra complementar o caruru. O quiabo, a gente encontra aqui."
Ano passado, Carol serviu caruru para cerca de mil pessoas que fizeram fila na rua do restaurante. "A gente não cobra o caruru de Cosme e Damião, porque é uma oferta nossa, só que a gente pede para a pessoa trazer um quilo de alimento não perecível ou algum donativo", esclarece. A baiana entregou tudo o que foi doado a uma organização internacional que apoia crianças. "A gente consegue manter a tradição", diz.
Em maio, a mudança de Carol para Portugal vai completar 21 anos, mas a terra natal está cada vez mais presente na baiana nascida e criada no bairro de Itapuã.
"Eu trabalho em Salvador e depois eu moro em Lisboa, porque eu estou aqui dentro e eu estou completamente conectada com tudo lá."
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