Empresário credor do Corinthians tenta interromper centralização de dívidas
Neo Química Arena antes do jogo entre Corinthians e Bahia Imagem: Marco Miatelo/AGIF O empresário Walter Caetano entrou na Justiça para tentar interromper o Regime Centralizado de Execuções (RCE) aberto pelo Corinthians, deferido pelo tribunal na semana passada. Ele apontou que o clube lhe deve R$ 152 mil, por multa processual referente à aquisição de Matheus Davó ao Guarani. O empresário diz que moveu uma ação contra o clube de Campinas, na qual penhorou os direitos sobre o atleta, e que a compra do jogador por parte do Corinthians foi considerada fraude de execução, com imposição de uma multa. Carlos Affonso Redes sociais: STF resolve apagar fogo com gasolina Carolina Brígido CCJ da Câmara planeja aprovar voto impresso Alê Youssef Política ultrapassada não prioriza economia criativa Maria Ribeiro Mensagens de amor não são exclusivas deste mês Segundo Neto, o processo foi extinto por conta da recuperação judicial do Guarani, mas a multa imposta ao Corinthians ainda existe - o clube alvinegro conseguiu uma liminar para limitar a responsabilidade sobre o débito, mas a punição processual foi mantida. A defesa de Walter afirmou à Justiça que todo o desenho do RCE pressupõe a constituição de uma SAF por parte do clube que instaurou o procedimento. Ele entende que pedir a proteção específica de uma sociedade anônima seria temerário. O empresário pediu que a Justiça desconsidere a possibilidade de o Corinthians fazer jus ao RCE sem constituir SAF e pediu que o processo seja extinto. Caso contrário, solicitou que, ao menos, seu crédito seja considerado, e ainda como preferencial, por ser idoso. O RCE é um mecanismo previsto na Lei da SAF, mas pode ser adotado em outros casos. Alguns advogados entendem que não há em qualquer artigo da lei a imposição expressa da constituição de uma SAF para que o regime de centralização de execuções seja adotado. O RCE é considerado o recurso mais rápido e menos complexo que a recuperação judicial, e possibilita que um clube se organize contábil e financeiramente, sem precisar passar por um processo mais duro. O objetivo é organizar o fluxo e ordem de pagamentos dos credores do clube. A medida foi aprovada pela 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) e visa centralizar o pagamento de R$ 379,9 milhões em dívidas. A maior parte dos débitos do Corinthians é com empresários. Apenas o trio Giuliano Bertolucci, André Cury e Carlos Leite soma cerca de R$ 140 milhões a receber. O clube foi procurado para comentar a reportagem, mas não se manifestou. A coluna irá atualizar o texto caso o Corinthians se pronuncie. Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.Reportagem
O que você está lendo é [Empresário credor do Corinthians tenta interromper centralização de dívidas].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.
Wonderful comments