Vitão: Corinthians enterrado no Z4, o inferno não são os outros
Talles Magno marcou gol em estreia pelo Corinthians contra o Bragantino Imagem: Marco Miatelo/AGIF Dez pitacos após Corinthians 1 x 1 Red Bull Bragantino, resultado péssimo, que manteve o Timão enterrado na armagedônica zona do rebaixamento do Brasileirão! 1) As derrotas do Cuiabá, que recebeu o Grêmio, do Fluminense, no clássico com o Vasco, e do Criciúma, que visitou o Fortaleza, são resultados ótimos para o Corinthians. Parafraseando Jean-Paul Sartre, para o Corinthians, definitivamente, o inferno não são os outros. Mesmo o gol de empate sendo anotado por Talles Magno já nos acréscimos, não há nenhum sabor de vitória. À vera, a igualdade foi trágica para o time do povo! O inferno é o desempenho patético do próprio time, especialmente como mandante. Nesse ritmo, com menos pontos do que jogos, a Série B é uma questão de tempo! 2) Fagner, André Ramalho, Hugo, Bidon e Garro, poupados na Copa do Brasil, além de Raniele, que cumpriu suspensão na classificação corinthiana diante do Grêmio, voltaram à equipe titular no 4-4-2 de Ramón Díaz. O estreante Talles Magno e Wesley ficaram no banco e o treinador argentino optou por montar o ataque com Romero e o fraquíssimo Pedro Henrique. Josias de Souza Datena faz autocrítica pela metade Milly Lacombe A complexa trajetória da seleção feminina em Paris PVC Brasil de prata, mulheres de ouro Juca Kfouri O exemplo das mulheres do vôlei e do futebol 3) O Corinthians era melhor no primeiro tempo e já havia desperdiçado oportunidades no atacado quando Helinho aproveitou a ruindade constrangedora de Cacá para, em um rápido contra-ataque, fazer o belo gol inaugural do Bragantino. Não renovar com o Gil para contratar Cacá, Gustavo Henrique e Félix Torres foi uma estupidez. 4) Garro, que perdeu a melhor chance corinthiana do primeiro tempo, é muito bom jogador e, tivesse atacantes de mais qualidade à sua disposição, seus passes açucarados virariam gols. 5) Em desvantagem, o Corinthians voltou para o segundo tempo com Matheuzinho, Talles Magno e Giovane, respectivamente, nos lugares de Fagner, Bidon e Romero. Só aos 23 minutos do segundo tempo, com muito atraso, Pedro Henrique deu lugar a Wesley. E o garoto, que se desvaloriza a cada atuação, conseguiu ser pior do que o veterano: um horror! Já Talles Magno deixou o seu na estreia e, pelo gol (e só), merece um destaque positivo. 6) Hugo, a última contratação da era Duilio Monteiro Alves, é um dos piores laterais-esquerdo da secular história corinthiana. Naipe Iran, Fininho, Moreno, Julinho... 7) Hugo Souza, que não teve qualquer culpa no gol de Helinho, novamente fez grande partida e evitou o 0 a 2 no lance imediatamente anterior ao empate alvinegro. Não fosse ele, a missão de se manter na Série A, que é difícil, seria impossível! 8) Apesar do péssimo horário da sessão coruja, da transmissão ao vivo em TV aberta para a capital paulista e do frio polar em Itaquera, a Fiel, outra vez, superlotou a Neo Química Arena (42.018 presentes, 41.750 pagantes) e apoiou durante todo a partida. Essa torcida merecia um time muito melhor! 9) Terça-feira, em Ribeirão Preto, Bragantino e Corinthians duelam novamente, desta vez, pelo confronto de ida das oitavas de final da Sul-Americana. Se para o Braga, eliminado da Copa do Brasil, a competição internacional é a prioridade, para o Timão o grande objetivo do ano continua sendo terminar no G-16 do Brasileirão e se manter na elite nacional. 10) Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar. Saravá, São Jorge!
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