Pinto da Costa admite que FC Porto pode ser multado pela UEFA por incumprimento das suas obrigações
Pinto da Costa admitiu, esta quinta-feira, que o FC Porto poderá ser multado pela UEFA, devido aos atrasos nos cumprimentos das suas obrigações. Em entrevista ao Portocanal, o atual presidente e candidato da Lista A às eleições dos azuis e brancos recusou, no entanto, a ideia de que o clube esteja a violar o fair-play financeiro da UEFA.
"O FC Porto já saiu do fair play financeiro. Temos cumprido com todas as nossas obrigações, e apenas tivemos alguns atrasos devido a ações legais de alguns empresários durante o período eleitoral, o que nos forçou a desviar fundos destinados a outros pagamentos para eles. Esses atrasos resultaram em cerca de 10 a 12 dias de atraso nos pagamentos. Informamos prontamente a UEFA sobre esta situação. Em 31 de março, recebemos uma carta confirmando que tudo estava em ordem e que estávamos autorizados a competir nas próximas competições internacionais. Não há perigo iminente", começou por dizer, antes de comentar as notícias sobre uma possível multa de dois milhões de euros que poderá ser aplicado após as eleições.
"É verdade que a UEFA pode aplicar multas a clubes por atrasos, mas até o momento, não recebemos nenhuma indicação nesse sentido. Não sei de onde os outros tiraram essa informação. Talvez a outra lista tenha pessoas com conhecimento sobre o assunto, já que contam com um indivíduo que esteve na ECA... Admitimos os atrasos e comunicamos isso à UEFA. Porém, esperamos não receber uma multa. É uma possibilidade, mas até agora, nada recebemos. Em 31 de março, estava tudo em conformidade, e podemos participar nas competições europeias. Isso é o mais importante", garantiu Pinto da Costa.
Na mesma entrevista, o presidente do FC Porto negou que o contrato assinado para a exploração do Estádio do Dragão seja lesivo para o clube.
"É extremamente vantajoso para o FC Porto. Criticar o timing de sua realização é completamente injusto. Após uma entrevista de João Koehler, um indivíduo chamado Camelo veio criticar, dizendo que era uma falta de ética. No entanto, este contrato estava a ser negociado há dois anos, e irá melhorar consideravelmente o estádio, tornando-o mais funcional e esteticamente mais agradável. Vamos receber 65 milhões de euros. Se tivéssemos falta de ética, teríamos solicitado o pagamento dos 65 milhões em abril. No entanto, isso não impediu a realização do negócio. Decidimos que os 65 milhões serão pagos até junho. Os candidatos eleitos já sabem que terão acesso a esse valor em junho. Aqueles que criticam têm a opção, até 1 de julho, de devolver o dinheiro e anular o contrato. Mas duvido que, quem quer que seja, decida anular um contrato tão benéfico. Além disso, tomamos o cuidado de receber o dinheiro apenas após o término deste mandato... Onde está a falta de ética nisso?", questionou, antes de explicar mais pormenores sobre o contrato com a Ithaka Infra III.
"Este é um contrato de 25 anos, e o FC Porto não vendeu 30% do estádio. Na verdade, estabelecemos uma nova sociedade na qual possuímos 70%. Estudos realizados por empresas internacionais mostram que esses 70% valem mais do que os 100% atuais. E ao fim dos 25 anos, essa sociedade será completamente nossa. Os outros partem sem direito a nada. Eles obtiveram o deles, nós o nosso, e a sociedade será totalmente nossa. Como alguém pode considerar isso um mau negócio? Não entendo", declarou.
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