Sauditas perguntaram porquê os técnicos portugueses fazem tantos gestos durante os jogos, Luís C
A 21.ª jornada da Liga Saudita ficou marcada por um duelo entre técnicos lusos. O Al Shabab de Vítor Pereira recebeu e perdeu com o Al Nassr de Luís Castro por 3-2 este domingo, num jogo resolvido com golos de Talisca (2) e Cristiano Ronaldo para o Al Nassr e Carlos Júnior e Yannick Ferreira Carrasco para o Al Shabab.
Na conferência de imprensa após o encontro, em que o Desporto marcou presença em Riade, Arábia Saudita, Luís Castro foi questionado do porquê de os treinadores portugueses fazerem tantos gestos durante os jogos.
"A linguagem do futebol é universal, podemos comandar e liderar uma equipa por gestos, eles entendem. Felizmente também temos tradutores muito bons (risos), de alta qualidade mundial, que conseguem traduzir bem aquilo que quero comunicar com os jogadores. E o trabalho de vídeo das equipas hoje em dia é um trabalho com muita densidade, que tira a dúvida. Mas nem sempre estamos bem, nem sempre conseguimos cumprir. Hoje foi um jogo mais lutado do que jogado", detalhou Luís Castro.
Durante o jogo no quase lotado Estádio Príncipe Faisal Bin Fahd em Riade, o Desporto presenciou as muitas intervenções dos dois técnicos. Uma dessas intervenções saltou à vista: Luís Castro a corrigir os apoios do seu lateral esquerdo que, com os apoios trocados, não teve capacidade de reagir a uma bola que foi colocada nas suas costas. Questionado se esse é nesse tipo de detalhes que os técnicos lusos na liga saudita podem ajudar os jogadores a crescer, Luís Castro recordou que a correção de posicionamento em campo em tempo real acontece em todo o lado.
"O posicionamento dos apoios nos momentos defensivo ou ofensivo, a posição do corpo é decisiva para se ganhar duelos, para se controlar a profundidade. Se tenho os apoios virados para a frente, a rotação é muito mais lenta, não consigo ir buscar a profundidade. E foi isso que aconteceu ali, o meu jogador [Nawaf Al Boushail] não estava com os apoios bem metidos, não conseguiu controlar a profundidade. Mas esta é a minha missão não só aqui, na Arábia Saudita, como no Brasil e em Portugal, é a nossa missão enquanto treinadores: corrigir algumas coisas nos nossos jogadores e em tempo real", explicou o treinador do Al Nassr.
O Al Nassr é segundo da Liga Saudita com 52 pontos nas 21 rondas que jogou, o Al Shabab é 11.º com 24 pontos em 21 partidas.
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