As razões que explicam a má fase do Manchester United de Erik ten Hag - Premier League
O Manchester United precisa desesperadamente de uma vitória sobre o Copenhaga na Liga dos Campeões nesta quarta-feira (8), no momento em que paira sobre a equipa a ameaça de uma vergonhosa eliminação na fase de grupos.
Na jornada anterior, os tricampeões europeus conseguiram uma vitória aflita sobre os dinamarqueses, por 1-0, em Old Trafford, graças ao guarda-redes camaronês André Onana, que defendeu um penálti nos descontos.
As derrotas contundentes sofridas diante do Manchester City na Premier League (3-0) e do Newcastle na Taça da Liga (3-0), ambas em casa, aumentaram a pressão sobre o treinador Erik ten Hag, que ficou ligeiramente aliviado após uma vitória por 1.0 na visita ao Fulham no sábado.
Os 'Red Devils' estão em terceiro lugar no Grupo A da Liga dos Campeões, seis pontos atrás do líder Bayern de Munique e a um do Galatasaray. Se não conseguir vencer em Copenhaga, o Galatasaray poderá eliminar o United quando as duas equipas se defrontarem em Istambul, no dia 29 de novembro.
A questão inevitável é: quais seriam as razões para o péssimo início de temporada da equipa do técnico Erik ten Hag no segundo ano em Old Trafford?
- Contratações decepcionantes -
Os adeptos do United muitas vezes demonstraram grande frustração com a gestão do clube nas mãos da família Glazer, mas ten Hag tem desfrutado de um grande orçamento para contratações.
Nas últimas três janelas de transferências, o clube gastou mais de 400 milhões de libras (460 milhões de euros), com pouco sucesso desportivo.
O avançado brasileiro Antony, comprado ao Ajax o ano passado por 86 milhões de libras (95 milhões de euros), mal correspondeu ao preço que foi pago, marcando apenas oito golos em 55 jogos.
Assim como Antony, Mason Mount tem ficado regularmente no banco nas últimas semanas, e chegou há apenas alguns meses por 55 milhões de libras (60 milhões de euros) vindo do Chelsea, e ainda não marcou pelo seu novo clube.
Com a defesa no pénalti do Copenhaga, Onana redimiu-se após os erros cometidos nos jogos contra Bayern e Galatasaray, que resultaram em duas derrotas nos dois primeiros jogos do United na Liga dos Campeões, algo que ocorreu pela primeira vez na história.
Uma das maiores críticas a Ten Hag é a sua dependência excessiva do mercado holandês, que ele conhece bem.
Oito das contratações têm experiência anterior na Eredivisie, mas muitos deles têm lutado com a crescente pressão de jogar por um dos maiores clubes da Premier League.
- Lesões -
Ten Hag também é criticado por não ter conseguido estabelecer uma identidade e um estilo de jogo 18 meses após sua chegada, algo que se explica em parte pelas lesões de vários jogadores importantes.
O United jogou a bom nível na primeira temporada do holandês como técnico, encerrando um jejum de seis anos sem títulos e terminando no terceiro lugar da Premier League.
Esta temporada, as longas ausências de Luke Shaw, Tyrell Malacia e Lisandro Martínez, além das lesões de Raphael Varane e Aaron Wan-Bissaka, deixaram a defesa numa situação crítica.
Casemiro também vai ficar de fora durante "várias semanas" devido a uma lesão na coxa, mais uma dor de cabeça para o treinador.
O veterano Jonny Evans, que regressou ao clube para preencher necessidades defensivas, acredita que a ausência de tantos jogadores destabilizou o plantel.
"Acho que o treinador teve dificuldades para lidar com o trabalho, com as táticas e com as mudanças constantes de jogadores, com apenas dois dias entre os jogos", disse o defesa central.
- Estrelas em queda -
Alguns dos grandes jogadores do Manchester United não estão ao nível esperado esta temporada: Marcus Rashford, Casemiro e Bruno Fernandes.
O caso mais notável é o de Rashford, com apenas um golo em 14 jogos, contra os 30 que marcou na temporada passada, quando subiu de rendimento.
Sobre o inglês, Ten Hag diz que está "muito motivado para consertar as coisas", mas o técnico precisa que o seu ponta de lança recupere o bom futebol o quanto antes.
O brasileiro Casemiro, de 31 anos, não conseguiu atingir o nível que atingiu durante a primeira e grande temporada no United.
Apesar disso, o trinco é um dos melhores marcadores da equipa com quatro golos, contando todas as competições, mas tem sofrido no aspecto defensivo, deixando a retaguarda ainda mais vulnerável.
O médio Bruno Fernandes tem demonstrado frustração e não tem sido consistente na criatividade ofensiva. A equipa marcou apenas 12 golos em 11 jogos da Premier League esta temporada.
Talvez o golo marcado nos últimos instantes no sábado contra o Fulham recupere o brilho do jogador que, desde julho, usa a braçadeira de capitão.
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