Opinião Rafael Pacheco: "Até onde vai chegar Francisco Conceição?"
Formado na Academia do Sporting CP, mas destaque na equipa B do FC Porto, Francisco Conceição apareceu muito cedo no futebol nacional. Se não fosse pelas mãos do seu pai, seria inevitavelmente pela mão de um outro treinador, sobrando dúvidas do porquê de não ter vingado ao serviço do Ajax.
"Ele muda o jogo". Deve ser a frase mais recorrente que ouço quando abordam a qualidade de Francisco Conceição. E atenção porque esta é uma qualidade que está inerente a poucos. O seu lugar é na linha direita e é a partir daqui que começa o seu caos. E digo que é "seu caos" porque é ele que o cria. Sobredotado de uma qualidade técnica como poucos, destaca-se no drible, no 1vs1 (imprevisibilidade de ações tremenda) e, por vezes, não é peça essencial por se agarrar tanto à bola. Porém, é quando se agarra a ela que se destaca.
A tomada de decisão é algo ainda a afinar, porém a mesma só irá melhorar com o jogo. Com a lesão de Galeno, existe uma nova vaga para preencher e ela parece ser mesmo do internacional sub-21.
Está numa fase em que evolui de jogo para jogo e está finalmente a assumir todo o seu potencial. A regularidade no 11 irá dar-lhe-á regularidade exibicional. A expectativa é que deixe de ser um jogador para entrar e mudar o jogo, mas sim para jogar e poder mudar o jogo a qualquer momento. Será um jogador de prevenção e não de reação.
Esta sexta-feira, frente ao Estoril de Vasco Seabra, Francisco Conceição conseguiu ser o melhor dos dragões em campo e chega a ser esgotante vê-lo jogar devido a velocidade que consegue colocar em cada ação com bola.
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