João Almeida e a Vuelta: "Sempre que tiver oportunidade vou atacar para ganhar tempo. Grão a gr&a
O ciclista português João Almeida (UAE Emirates) admitiu hoje que a primeira semana da Volta a Espanha foi “muito difícil”, mas está em 10.º lugar na geral e quer seguir entre os melhores.
“Tem sido uma Vuelta muito difícil. No papel, a primeira semana não seria assim tão difícil, mas na prática foi. Ontem [domingo], tivemos ‘abanicos’, a meteorologia tem estado contra nós e a corrida foi muito endurecida”, refletiu o ciclista português, em conferência de imprensa durante o primeiro dia de descanso da prova.
Após nove etapas, Almeida é 10.º da geral, a 2.55 minutos do camisola vermelha, o norte-americano Sepp Kuss (Jumbo-Visma), melhor de um trio da Jumbo-Visma que coloca ainda o esloveno Primoz Roglic, vencedor da Volta a Itália, no sexto lugar, e o dinamarquês Jonas Vingegaard, campeão do Tour, no sétimo.
O belga Remco Evenepoel (Soudal-QuickStep) é quarto, a 2.22 minutos, e entre os candidatos à vitória final é o mais bem posicionado, procurando revalidar o triunfo que conseguiu em 2022.
O ciclista português referiu ainda que todos os candidatos, incluindo o seu colega de equipa espanhol Juan Ayuso, nono a 2.43, estão “muito fortes”, incluindo ele mesmo, “melhor do que esperava”.
“Esperava encontrar um Vingegaard mais forte, mesmo que ele continue muito forte. Embora não pareça o Vingegaard do Tour, é sempre muito forte e vai lutar pela vitória até ao fim”, admitiu.
O mau tempo já levou a problemas em várias etapas, seja para os ciclistas, com várias quedas, seja para a organização, e torna “tudo muito difícil, especialmente nas estradas espanholas”, sobretudo “num contexto de alta pressão para todos”.
Outro fator é a evolução da corrida na segunda semana, que será “bastante dura”, sentindo-se “bem fisicamente” para o desafio.
“Sempre que tiver oportunidade, vou tentar atacar, para ganhar algum tempo. No domingo foi o que fiz, e mesmo que não tenha ganho muito tempo, grão a grão enche a galinha o papo”, comentou.
Depois de “alguns percalços, com má sorte, um furo no contrarrelógio por equipas” e uma queda, esta edição da Volta a Espanha, que acabou em sexto em 2022, “não tem sido ideal”.
“Mas temos ultrapassado esses problemas, eu encontro-me bastante bem e espero continuar. As minhas expectativas para o resto da Vuelta serão as mesmas, estão aqui muitos candidatos e estar perto deles já diz muito”, afirmou.
A Vuelta regressa à estrada na terça-feira com um contrarrelógio “muito rápido”, analisou Almeida, no qual espera ter “boas pernas” para ficar “não muito longe dos melhores”, para quem espera ceder “no máximo 30 segundos”, mas estar “nos primeiros lugares” do exercício.
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