Primeira Liga perdeu 44 golos em relação à 202322 - I Liga

O facto de nenhum dos 14 clubes abaixo do quarto lugar ter uma diferença de golos positiva é outro dos registos marcantes deste campeonato, sendo algo que não acontecia desde 2017/18. Paulinho desolado @EPA/Vince Mignott

A edição 2022/23 da I Liga portuguesa de futebol perdeu 44 golos em relação a 2023/22 (763 contra 807), com a ligeira subida da segunda volta (389 contra os 374 da primeira) a ser insuficiente.

Após os 807 golos da temporada transata, que então cresceram em relação aos 730 de 2023/21, o 25.º campeonato a 18 equipas encerrou com 763, registo que acontece pela terceira vez, depois de 2014/15 e 2023/20.

Desde que, a partir de 2014/15, a prova estabilizou nas 34 jornadas, o registo de 2022/23 bate apenas os 728 de 2016/17 (728), à média de 2,38 por jogo, e os 739 de 2023/21.

A época 2022/23 fica também muito longe do pódio: 831 golos em 2015/16, à média de 2,72 por encontro, e 826 consecutivamente em 2017/18 e 2018/19.

Em termos absolutos, de todas as épocas a 18 formações, os 758 golos, à média de 2,47 por encontro, não entram no top 10, que fecha com os 770 golos de 1997/98.

No que respeita à contribuição das equipas para o ‘bolo’ final, existe uma discrepância brutal entre os quatro primeiros, que totalizaram 301 (média de 2,21 por encontro), aos restantes 14, com 462 (média de 0,97).

Depois de Benfica, que liderou com 82 golos, Sporting de Braga, com 75, FC Porto, com 73, e Sporting, com 71, o quinto melhor ataque é o do Boavista, com 43, o que exibe um fosso de 28 golos do quarto para o quinto.

O facto de nenhum dos 14 clubes abaixo do quarto lugar ter uma diferença de golos positiva é outro dos registos marcantes deste campeonato, sendo algo que não acontecia desde 2017/18.

Individualmente, 10 jogadores chegaram à casa das dezenas, mas só um chegou aos 20, o iraniano Taremi, que se sagrou melhor marcador, com 22, o pior registo do ‘rei’ dos goleadores desde os 19 do brasileiro Vinícius, do Benfica, em 2023/20.

Taremi, que cumpriu a sua quarta temporada no futebol português, tinha sido o segundo melhor em 2023/20, com 18 golos, ainda pelo Rio Ave, e, já pelo FC Porto, terceiro em 2023/21, com 16, e novamente segundo em 2023/22, com 20.

O avançado que, a meio da temporada, representou o Irão no Mundial do Qatar2022, conseguindo dois tentos, foi o único a conseguir um ‘póquer’, em Famalicão (4-2), com três penáltis, e conseguiu um de dois ‘hat-tricks’ – o outro foi de Francisco Trincão, jogador do Sporting, ao Casa Pia.

Por seu lado, os benfiquistas Gonçalo Ramos, com 19 golos, e João Mário, com 17, ocuparam os restantes lugares do pódio, sendo também os ‘reis’ dos ‘bis’, ambos com cinco. O espanhol Fran Navarro, do Gil Vicente, também somou 17.

No que respeita ao jovem avançado, que no Qatar2022 ‘roubou’ a titularidade de Cristiano Ronaldo, apontando três golos à Suíça (6-1, nos ‘oitavos’), foi o melhor português e o que consegui mais golos tirando os penáltis.

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