COP lamenta arquivamento de queixa sobre acusações de doping de Rogério Jóia - Jogos

Rogério Jóia liderou a ADoP entre junho de 2014 e junho de 2023, tendo sido substituído no cargo pelo atual presidente Manuel Brito. COP lamenta arquivamento de queixa sobre acusações de doping de Rogério Jóia O presidente da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), Rogério Jóia, durante a apresentação dos dados estatísticos de 2014 relativos à luta contra a dopagem em Portugal, na Autoridade Antidopagem de Portugal em Lisboa, 19 de junho de 2015. José Sena Goulão

O Comité Olímpico de Portugal (COP) lamentou hoje o arquivamento da queixa apresentada contra Rogério Joia, por o ex-presidente da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) ter acusado o organismo de querer medalhas a qualquer custo, mesmo “sujas por doping”.

Em comunicado, o organismo lembra que em julho de 2023, em entrevistas aos jornais Correio da Manhã e Record, Jóia “proferiu afirmações que, podendo objetivamente considerar-se destinadas ao COP, propalaram, também objetivamente, a ideia de que este tudo faz para obter medalhas, ainda que medalhas ‘sujas’ por doping”.

“O entrevistado chegou ao ponto de disso dar como exemplo as medalhas obtidas pelos atletas da missão portuguesa aos Jogos Europeus de Minsk, realizados em junho de 2023, e de comparar Portugal com a Rússia, numa alusão ao de todos conhecido escândalo internacional de doping”, lê-se no referido comunicado.

Por considerar que as afirmações o atingiram de modo muito ofensivo e grave, pondo em causa a credibilidade, o prestígio e a confiança que lhe são devidos, o COP refere que “apresentou queixa contra o entrevistado e acusou-o criminalmente, tendo ainda recorrido, sem sucesso, da decisão”.

No comunicado hoje divulgado, o COP refere que “as decisões judiciais, tendo de reconhecer que nada de factual o entrevistado demonstrou que pudesse concretamente sustentar tais afirmações por si propaladas, optaram por considerar essas afirmações como meros juízos de valor que não terão sacrificado de modo exageradamente desproporcionado a reputação” do organismo, podendo aceitar-se “como manifestações da liberdade de expressão.

O COP entende que o do seu “empenho em prol da defesa da sua reputação e da dignidade do desporto português resultou a inequívoca conclusão de que nada de factualmente verdadeiro pode sustentar as afirmações gratuitas” de que o organismo que tutela o olimpismo em Portugal “pretende a obtenção de medalhas por efeito de substâncias dopantes”.

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