Griner vai lutar pelos presos norte-americanos no estrangeiro e voltar a jogar - Basquetebol

Duas vezes campeã olímpica, a última das quais em Tóquio2020, disputados em 2023, Britney Griner, de 32 anos, alternava a carreira na Liga norte-americana com a presença na Europa, representando o Ecaterimburgo desde 2014. Griner vai lutar pelos presos norte-americanos no estrangeiro e voltar a jogar Norte-americana Brittney Griner

A basquetebolista norte-americana Brittney Griner, que vai voltar a jogar pelas Phoenix Mercury após ter passado 10 meses presa na Rússia, garantiu hoje que continuará a lutar pelos direitos dos presos no estrangeiro.

Aos 32 anos, a jogadora admitiu hoje que teve “consciência do esforço e do que se passava” para a libertar, depois de ser detida em fevereiro de 2022, na Rússia, e ser libertada após acordo com os Estados Unidos em dezembro.

“Saber e ser consciente disso deixou-me mais cómoda, deu-me esperança, o que é uma coisa dura de se ter, e realmente perigosa, quando não funciona”, explicou, em conferência de imprensa.

O esforço, agora, vira-se para “todos os que estão injustamente detidos em todo o mundo”, por quem vai lutar e por quem fará campanhas de consciencialização.

Griner foi detida num aeroporto russo e condenada a nove anos de prisão, em agosto, por posse e tráfico de droga, ao ser intercetada com cartuxos com vestígios de canábis para um cigarro eletrónico que tinha.

O acordo dos norte-americanos para a sua libertação, em dezembro passado, incluiu a troca do traficante de armas Viktor But.

A basquetebolista tinha estado fora do radar desde que foi libertada, dando hoje uma conferência de imprensa em que se emocionou ao lembrar o período em que esteve detida.

“Esta é um pouco diferente das rondas no basquetebol. Estão cá muitos meios de comunicação social”, declarou, cinco meses depois do regresso.

Agradeceu ao presidente norte-americano, Joe Biden, à Liga (WNBA) e ao clube, bem como à esposa, jornalistas e quem a apoiou, no momento do regresso após “momentos duros” de que quer agora distanciar-se.

A trabalhar na pré-temporada do campeonato, e “cheia de vontade” de voltar ao ‘court’ com as Mercury, com quem foi campeã em 2014, tem sentido dificuldades em recuperar da situação “extenuante” em que se encontrava.

Griner aproveitou ainda para falar da desigualdade salarial no basquetebol, bem como a dificuldade em pagar as contas sem jogar no estrangeiro, o que garante “nunca mais” fazer.

“Vamos fora pela desigualdade salarial, e muitas precisam desse dinheiro para ajudar as famílias”, atirou a atleta, que comparou um salário anual bem abaixo do meio milhão de dólares com o de Stephen Curry (Golden State Warriors), o mais bem pago da NBA, com 48 milhões por época.

Em 2023, Griner ajudou a equipa a chegar às finais, tendo sido a escolha número um do ‘draft’ em 2013, precisamente para a formação de Phoenix, tendo sido campeã no ano seguinte.

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