Casa Pia perpetua subida à I Liga em museu com promessa de atingir novos marcos - I Liga

Clube lisboeta promete regressar na próxima época com novos objetivos desportivos alcançados. Casa Pia perpetua subida à I Liga em museu com promessa de atingir novos marcos O treinador do Casa Pia, Filipe Martins LUSA

O Casa Pia perpetuou hoje a subida à I Liga de futebol, alcançada em 2022, no museu da instituição que lhe dá nome, com a promessa de regressar na próxima época com novos objetivos desportivos alcançados.

A visita ao Centro Cultural Casapiano contou com a presença da grande maioria do plantel e equipa técnica do atual sétimo colocado do campeonato luso, do presidente Vítor Seabra Franco e do diretor executivo Tiago Lopes, que ficaram a conhecer melhor a história da Casa Pia de Lisboa.

No final da visita, foi descerrada uma fotografia do plantel que logrou a subida à I Liga, na última temporada, 83 anos após a única presença, que irá permanecer no museu da instituição, num espaço que ficará reservado para mais feitos conseguidos pela equipa.

Tiago Lopes admitiu a ambição de regressar no próximo ano, para assinalar novos marcos, com uma possível qualificação para as provas europeias a ficar subentendida no seu discurso, mas não quis colocar pressão em cima de Filipe Martins.

Na ausência do capitão Vasco Fernandes, foi Afonso Taira o porta-voz do plantel no fim da visita, quando falou aos jornalistas e manifestou a vontade do grupo em continuar a amealhar pontos nas nove jornadas restantes da I Liga, com a manutenção assegurada.

“Não olhamos para a nossa época como feita, porque queremos continuar a pontuar, a ganhar jogos, a ser a equipa que temos sido até agora e a continuar a dar alegrias. Só damos a época por terminada no final do último jogo. É amealhar pontos e fazemos as contas no final, não há outra hipótese”, disse, em relação a uma candidatura europeia.

O médio salientou a ligação e cumplicidade existente entre o clube e a instituição Casa Pia, que torna este um “clube único” num mundo do futebol onde a profissionalização deixa “poucos momentos para saborear” e compreender a história por trás dos clubes.

“Num mundo como o do futebol, é fácil a vertente profissional pôr para um canto tudo o que ouvimos hoje. Não acontece no Casa Pia porque as pessoas à frente do projeto desportivo percebem que a riqueza que o Casa Pia tem é para manter e dar destaque, não para ser só um marco ou uma fotografia bonita lá no canto que quase ninguém vê. Isso torna mais presente para nós, jogadores, o quão especial este clube é”, expressou.

Desta forma, este tipo de iniciativas é importante para levar o sentimento “para outro nível”, considerou Afonso Taira, que se sente sortudo por estar num clube liderado por pessoas que “entendem a importância e que tornem visível a ligação e cumplicidade”.

“É uma sorte que poucos têm hoje, especialmente no panorama do futebol português. Nem sempre os clubes conseguem ter uma ligação tão forte e positiva com os valores das pessoas que o criaram e com a história. O Casa Pia, nisso, é sem igual”, sublinhou.

A formação lisboeta ocupa a sétima posição da I Liga, com 38 pontos, os mesmos do sexto classificado, o Arouca.

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