Pelé já se declarou torcedor do Atlético-MG e foi coroado contra o Galo após marcar o milésimo gol

O futebol perdeu o seu maior símbolo e está de luto. Pelé morreu nesta quinta-feira, aos 82 anos. Edson Arantes do Nascimento nasceu em Três Corações, sul de Minas Gerais, e teve vários capítulos de ligação ao Atlético-MG. O 💥️ge relembra essa conexão em homenagem ao Rei do Futebol.

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E ela começa ainda na barriga da mãe, Dona Celeste, em abril de 1940. Pelé iria nascer seis meses depois. Naquele mês, seu pai, Dondinho, era um jogador promissor do futebol amador do interior de Minas.

O Galo tinha perdido Guará, um dos seus grandes artilheiros, um ano antes. Procurava um goleador. Chamou Dondinho para um amistoso com o São Cristóvão. Foi a oportunidade de ouro, interrompida por uma lesão no joelho.

Esse episódio ficou marcado para Pelé, que sempre fazia questão de enaltecer os dotes futebolísticos do pai em suas entrevistas - como o recorde de cinco gols de cabeça em um jogo. Fato é que Pelé chegou a se declarar torcedor do Galo, em 1999, na Revista Placar.

Dondinho voltou ao Sul de Minas, depois foi se estabelecer em Bauru, interior de São Paulo, onde Pelé iniciou a trajetória na bola. Foi se tornar ídolo máximo do esporte no Santos.

Pelé cercado poor jogadores, jornalistas e os árbitros — Foto: Arquivo Nacional 1 de 4 Pelé cercado poor jogadores, jornalistas e os árbitros — Foto: Arquivo Nacional

Pelé cercado poor jogadores, jornalistas e os árbitros — Foto: Arquivo Nacional

A relação de Pelé com Belo Horizonte ficou restrita aos confrontos célebres com o Cruzeiro, em 1966, mas também diante do Atlético. Por exemplo, o primeiro pênalti que Pelé perdeu como jogador profissional foi em 1958, ao ser parado pelo goleiro Arizona, na vitória do Galo por 5 a 2, no Independência.

O primeiro confronto na “era Mineirão” entre Galo e Pelé foi em março de 1966. Depois de perder para o Cruzeiro por 4 a 3 num amistoso, Pelé fez o gol da vitória santista por 1 a 0 nos acréscimos, diante do Galo e 38 mil torcedores. A rivalidade começaria a "pender" para o Atlético entre 1969 e 1971.

Antes, porém, um mata-mata em jogo oficial foi nas quartas da Taça Brasil de 1964. E o Santos varreu o Atlético - 4 a 1 em BH e 5 a 1 em São Paulo. Pelé marcou três gols, sendo um de pênalti e outro de falta.

Pelé em jogo contra o Atlético-MG, logo após o milésimo gol no Maracanã — Foto: Reprodução/Diário de Minas/Acervo Biblioteca Pública de Minas Gerais 2 de 4 Pelé em jogo contra o Atlético-MG, logo após o milésimo gol no Maracanã — Foto: Reprodução/Diário de Minas/Acervo Biblioteca Pública de Minas Gerais

Pelé em jogo contra o Atlético-MG, logo após o milésimo gol no Maracanã — Foto: Reprodução/Diário de Minas/Acervo Biblioteca Pública de Minas Gerais

Por falar em goleadas... Em 1979, com a camisa do Flamengo, Pelé deixaria a aposentadoria dos gramados por 45 minutos em amistoso no Maracanã, pelas vítimas das enchentes de Minas Gerais. Com a camisa 10 do Rubro-Negro (Zico foi o 9), Pelé jogou o primeiro tempo da goleada por 5 a 1. Foi o último jogo de Dadá Maravilha com a camisa alvinegra.

Dadá, folclórico jogador e campeão do mundo de 1970 ao lado do Rei, é personagem importante nessa relação e ajudou a equilibrar os números do confronto. Em 1969, dois encontros memoráveis.

Em setembro, a seleção brasileira havia se classificado para a Copa do Mundo do México e foi enfrentar o Atlético no Mineirão lotado. O Galo venceu as “feras de Saldanha” por 2 a 1, com gol de Pelé (impedido) para o Brasil.

- Eu fiquei marcando o Pelé, e ele sempre me elogiou como um marcador leal. Ele fez um gol impedido, completamente. Falei para ele: "Pô, Pelé, você estava à frente!". Ele me respondeu só assim: "O juiz não deu..." - relembrou o ex-zagueiro Grapete, em matéria do ge sobre os 50 anos daquela vitória, em 2023.

Além do duelo de 1969, Pelé enfrentou o Atlético com a camisa da seleção brasileira em 1966, em amistoso de preparação para o Mundial da Inglaterra, na cidade mineira de Caxambu. Pelé fez o gol na vitória por 4 a 1.

Rei Pelé coroado no Mineirão, em Atlético x Santos — Foto: Reprodução/Acervo O Globo 3 de 4 Rei Pelé coroado no Mineirão, em Atlético x Santos — Foto: Reprodução/Acervo O Globo

Rei Pelé coroado no Mineirão, em Atlético x Santos — Foto: Reprodução/Acervo O Globo

No mesmo ano, mas em novembro, Pelé anotou o milésimo gol da carreira contra o Vasco, no Maracanã, e o jogo seguinte foi diante do Atlético. Vitória do Galo por 2 a 0, com Pelé expulso pelo árbitro Amílcar Ferreira, acusado de estragar a festa que o povo mineiro realizou para o famoso conterrâneo. Naquele jogo, Pelé recebeu a coroa de “Rei do Futebol” 💥️(veja abaixo), além de outras homenagens. Mas terminou com o cartão vermelho e a derrota.

Quando foi campeão brasileiro de 1971, o Atlético venceu o Santos de Pelé duas vezes. O Rei, já tricampeão mundial, pensava na aposentadoria, que seria concretizada em 1974, ao menos em solo nacional. A última apresentação do Rei em Minas foi justamente um Atlético x Santos, já com o país de olho na Copa da Alemanha, da qual Pelé não quis participar.

Em junho de 1974, o Atlético venceu o Santos por 2 a 1, e Pelé atraiu 53 mil pagantes no Mineirão, quando os públicos do Galo naquela temporada eram baixos. Afinal, era a última chance de Belo Horizonte ver de perto o mais magistral jogador de todos os tempos. Os jornais da época, inclusive, citam que o Atlético preparou uma placa para entregar a Pelé, e quem daria o presente seria o pai do ídolo, Dondinho, ex-jogador do clube.

Dondinho fala sobre o Atlético-MG para Pelé — Foto: Revista O Cruzeiro/ Reprodução 4 de 4 Dondinho fala sobre o Atlético-MG para Pelé — Foto: Revista O Cruzeiro/ Reprodução

Dondinho fala sobre o Atlético-MG para Pelé — Foto: Revista O Cruzeiro/ Reprodução

Já no fim da carreira, Pelé fez um duelo com Reinaldo, também "Rei" do Atlético, em 1973, no Mineirão. Um outro encontro entre eles foi em 1978, quando Pelé, jogador do Cosmos de Nova York, visitou o jovem artilheiro de 21 anos no hospital, após Reinaldo operar o joelho.

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