Cruzeiro fecha ano com redução no Sub-20 e política para evitar supersalários; veja detalhes
O Cruzeiro fecha o ano de 2022 com uma política de gestão implementada pela equipe de Ronaldo Fenômeno. Não só no profissional houve redução de despesas. Na base também houve mudanças e readequações financeiras.
Roberto Braga, diretor executivo das categorias de base, é quem explicou como agora as camadas de formação no Cruzeiro estão trabalhando. Ele revelou que, só no Sub-20, houve economia de R$ 3 milhões na folha de pagamento.
- Quando a gente chegou, havia uma categoria Sub-18. Só no Sub-20, nós rescindimos com mais de 30 pessoas na nossa chegada. Fizemos muito cortes. Só no Sub-20, tivemos uma estimativa R$ 3 milhões de economia, só com folha, sem contar nada das coisas que cercam esses jogadores – destacou o dirigente em entrevista ao 💥️ge.
1 de 2 Roberto Braga, diretor executivo da base do Cruzeiro — Foto: Gabriel DuarteRoberto Braga, diretor executivo da base do Cruzeiro — Foto: Gabriel Duarte
O Cruzeiro chegou, por exemplo, a ter mais de três times de atletas de Sub-20, devido ao alto número de jogadores que se concentraram na categoria durante o começo de 2022. Mudanças drásticas e rescisões foram precisas.
Na gestão Ronaldo, e que tem o diretor executivo da base com executor direto, o Cruzeiro passou a não pagar mais supersalários dentro da realidade das categorias de base. Existe também um regime de progressão de vencimentos a partir do desempenho dos atletas.
- A gente fez uma análise grande dos contratos, principalmente nos padrões. O que estamos implementando agora, com toda a cadeia do futebol. O que temos hoje? Faixa de salário, dentro de cada categoria. E esses jogadores passam por avaliação recorrentemente, para enquadrá-los dentro do potencial e rendimento nas faixas salarias. Não temos um atleta ganhando X e outro atleta ganhando 10x. Existe um teto para a base hoje – explicou Roberto Braga.
2 de 2 Decisões na base também passam pela diretoria executiva — Foto: Gustavo Aleixo/CruzeiroDecisões na base também passam pela diretoria executiva — Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Hoje, por exemplo, não há jogador da base que ganhe “dois dígitos elevados”. Roberto Braga elencou como isso facilita no processo de recuperação financeira do Cruzeiro e também na mudança de mentalidade no mercado das categorias de base.
- A gente pode aprovar ou não, ter aumento salarial, mas em parceria com o profissional. Então, isso dá para o clube uma previsibilidade da folha: sabemos qual o número de atletas, as faixas salariais e o que a gente imagina de jogadores em cada faixa. Isso daí fortalece o clube. Deixa muito menos os desejos pessoais e cria métricas para que o clube se fortaleça. Para que o clube possa seguir na mesma linha e ter diretriz clara.
Segundo Roberto Braga, qualquer decisão que fuja do estabelecido para algum determinado jogador, em termos financeiros, também precisa passar pelo crivo da alta cúpula.
- Pode ser muito tentador, para alguém na minha função, gastar demais, para tentar um resultado a curto prazo em benefício próprio. E isso é tudo que a gente não quer. Se eu quiser passar o teto no Sub-15, sair fora do combinado, preciso justificar para toda cadeia. Preciso conversar com o Pedro Martins, Gabriel Lima, para que eles entendam, e aí que seja validado ou não.
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