Pelé tomando vacina em campo e torcedores se arriscando em torres: conheça histórias do Rei no interior de SP
Entre os países de diversos continentes espalhados pelo globo terrestre que tiveram a oportunidade de receber Pelé, desfilando com seu futebol magistral, o pequeno estádio Mário Alves Mendonça foi um dos locais mais frequentes na carreira do Rei.
Em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, o palco recebeu jogos entre o time da casa, o América-SP e o Santos de Pelé. O estádio, aliás, nem existe mais, pois foi demolido em 1996. Nas partidas das décadas de 50 e 60, houve episódios que incluem torcedores se arriscando em uma torre para poder assistir às exibições do Rei.
1 de 2 Pessoas se amontoam em uma torre do estádio de São José do Rio Preto em jogo do América-SP contra o Santos de Pelé — Foto: Arquivo Público Municipal de Rio PretoPessoas se amontoam em uma torre do estádio de São José do Rio Preto em jogo do América-SP contra o Santos de Pelé — Foto: Arquivo Público Municipal de Rio Preto
A casa do América-SP passou a ser o Teixeirão que, inclusive, foi o local do título brasileiro do Santos, em 2004. Os bons tempos da década de 60 nunca mais foram vistos pelo time que hoje está na quarta divisão paulista, o último nível do futebol estadual.
Mas, na época, o Rubro era um dos motivos de preocupação do rei, nos confrontos no "Caldeirão do Diabo", apelido do antigo estádio. Ao todo, Pelé marcou 15 gols contra o América.
Em 1963, por exemplo, o time do interior paulista venceu o então bicampeão da América e do mundo, por 2 a 1, de virada, com o próprio Rei em campo, acompanhado de Zito e Pepe.
– Vinha gente de outras cidades, Araçatuba, Araraquara... muitos vinham assistir jogos aqui e os carros ficavam do estádio Mario Alvares Mendonça até a avenida Alberto Andaló – lembra o jornalista e historiador Fernando Marques.
Milton é autor do livro “Avenida da Saudade”, que revela os bastidores de partidas do Rubro contra o Santos de Pelé. Para escrevê-lo, o jornalista entrevistou o próprio Edson.
– Logo após o lançamento, eu encaminhei o livro e mandei três exemplares para o Pelé e pedi para mandar um autografado. Em menos de uma semana, ele me enviou com uma dedicatória... pensei que ele nem ia dar bola.
A obra conta histórias da relação de Pelé com a cidade e revive fotos marcantes. Entre elas, a do Rei visitando uma associação da cidade e até mesmo tomando vacina no campo (💥️veja abaixo).
2 de 2 Pelé toma vacina em campo em São José do Rio Preto — Foto: Arquivo Público MunicipalPelé toma vacina em campo em São José do Rio Preto — Foto: Arquivo Público Municipal
Entre tantas partidas, uma que ficou marcada foi o jogo entre as duas equipes no ano de 1973, o último do rei no estádio Mario Alves Mendonça, em que foi tumultuado por um principio de incêndio.
– Em 1973, foi o último jogo do Pelé no campo do América. Houve um principio de incêndio, o Pelé até colaborou para a torcida ter calma. Felizmente, não passou de uma ameaça de uma tragédia – completa Milton.
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