Atacante da Ferroviária na Copinha tem nome e parece com craque da Holanda

1 de 3 Klayver, da Ferroviária, e Kluivert, ex-jogador do Barcelona — Foto: Arquivos: Ferroviária SAF/AGIF

Klayver, da Ferroviária, e Kluivert, ex-jogador do Barcelona — Foto: Arquivos: Ferroviária SAF/AGIF

A pronúncia é a mesma, mas a escrita foi abrasileirada. O atacante da Ferroviária, Klayver, de 19 anos, carrega o peso do nome de uma das maiores lendas do futebol holandês: Patrick Kluivert. O responsável foi um familiar, depois de entrar em acordo com um amigo de infância.

Em entrevista ao 💥️ge, o garoto contou que pai tinha o sonho de virar jogador de futebol. A grande referência à época, até por atuar na mesma posição, era o ex-craque de Ajax, Milan e Barcelona. Foi aí junto com um parceiro, também fã da modaliade, que veio o combinado.

- É uma história engraçada. Meu pai gostava muito de futebol, quando jogava na infância ele tinha um amigo, que era fã do Klinsmann [ex-atleta e treinador alemão], e ele do Kluivert. Um prometeu para o outro que se tivesse um filho homem, os dois teriam esses nomes. O Klayver foi eu”, ri o jovem que entrou no segundo tempo da estreia na Copinha, e participou da vitória contra o Fast-AM por 2 a 1, na última terça-feira.

O maior fã do menino, Daniel Elias, de 40 anos, confirma a história. Segundo ele, a tarefa mais difícil foi convencer a mãe a registrar o nome no cartório. Ela acreditava que “Klayver” seria motivo de chacota por parte dos colegas.

- Quando eu falei meu desejo, ela ficou brava (risos). Dizia que todo mundo iria tirar sarro, mas eu estava convicto e tinha certeza que ele se tornaria um jogador conhecido e ela acabou aceitando. No ultrassom, o médico colocou ela para ouvir o coração da criança e essa parte foi muito emocionante. O doutor perguntou se tinha alguma preferência entre menino ou menina, e aí eu falei que era homem. Ele questionou "como você sabe?". Nesse momento o Klayver começou a chutar a barriga e o médico acreditou em mim - relembra Daniel.

2 de 3 Gabriel Klayver, atacante da Ferroviária e parecido e inspirado em Kluivert — Foto: Jonantan Dutra/Divulgação/Ferroviária SAF

Gabriel Klayver, atacante da Ferroviária e parecido e inspirado em Kluivert — Foto: Jonantan Dutra/Divulgação/Ferroviária SAF

A escolha fez com o atacante procurasse informações sobre o astro, que chegou a ser o maior artilheiro da história da seleção da Holanda com 40 gols, mas depois foi ultrapassado por Robin van Persie.

- Eu cresci acompanhando e vendo vídeos dele por conta do meu pai, era um jogador de extrema qualidade. Hoje eu tenho como referência e admiro muito. Gosto do nome, mesmo sendo diferente, é um peso muito grande, ele tinha uma importância muito grande na Holanda, então fico feliz pelo nome, mesmo minha mãe querendo Gabriel - diz o atleta natural de Bauru e que começou no Desportivo Brasil.

Daniel relata que recentemente encontrou o amigo de infância e descobriu que o nome Klinsmann também foi dado ao filho do colega. Diferentemente de Klayver, o menino chegou a passar por categorias de base, mas não deu sequência na carreira.

Além do nome, Klayver e Kluivert também carregam semelhanças na aparência e no posicionamento dentro de campo. Pelo menos é o que acha o garoto.

- A gente se parece. Eu já vi algumas fotos dele mais novo e eu também que têm semelhanças aí - brinca.

Campeão da Champions League, espanhol e tri holandês, Patrick atuava como centroavante, era referência nos times onde jogou. A camisa “9” não é a posição mais frequente de Klayver Gabriel dos Santos Chrispim, mas ele já fez a função e não vê problemas caso a equipe precise.

3 de 3 Klayver comemora gol com a camisa da Ferroviária — Foto: Jonantan Dutra/Divulgação/Ferroviária S/A

Klayver comemora gol com a camisa da Ferroviária — Foto: Jonantan Dutra/Divulgação/Ferroviária S/A

- Agora no sub-20 eu estou atuando como ponta, atacante pelas beiradas, mas ali como centroavante ou também mais pelo meio acho que consigo jogar bem. Já fiz essa função. Minha característica é o drible, a velocidade, buscar o gol, prefiro o lado, mas não sinto tanta diferença - explica o atleta sobre o perfil dentro das quatro linhas.

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Na base quem sofre são os adversários, mas durante a infância o desafio também era para os professores durante a leitura da lista de chamada. Chrispim relembra o sofrimento dos educadores na época de escola.

- Era até engraçado, difícil para eles [os professores], tinham muita dificuldade para falar e erravam bastante. Meu pai colocou Klayver mesmo para as pessoas não errarem a pronúncia, mas mesmo assim não adiantava muito - conta o atleta.

Orgulhoso, Daniel diz estar feliz ao ver o menino disputando a Copa São Paulo de Futebol Júnior, principal campeonato de base do país. Ele inclusive tem o sonho de ver o filho vestindo a camisa culé e marcando gols no Camp Nou.

- Ver ele jogando a Copinha é muito emocionante. A cada jogo, quando ele faz gol ou dá uma assistência é motivo de orgulho não só para mim, mas para toda família também. É o sonho de todos nós vê-lo jogando num grande clube, porém, ver ele no time onde meu maior ídolo jogou, que é o Barcelona, seria demais - finaliza o maior fã de Klayver (ou Kluivert).

A partida entre Ferroviária e Zumbi acontece nesta sexta-feira, pela segunda rodada da Copa SP, às 19h30, na Fonte Luminosa.

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