Alvo do Fluminense, Vina já pediu desculpa por saída conturbada em 2015 e não esconde querer voltar

Vina, do Ceará, é o alvo na mira do Fluminense para o lugar de Nathan e tem chance de voltar ao clube para tentar escrever uma nova história depois de sair pela porta dos fundos há oito anos. O que poderia ser um entrave para o retorno já é dado como resolvido nos bastidores: a briga na época com Mário Bittencourt, então vice de futebol e atualmente presidente tricolor.

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Vina ao lado de Mário Bittencourt no Fluminense em 2015 — Foto: Nelson Perez / Fluminense FC 1 de 3 Vina ao lado de Mário Bittencourt no Fluminense em 2015 — Foto: Nelson Perez / Fluminense FC

Vina ao lado de Mário Bittencourt no Fluminense em 2015 — Foto: Nelson Perez / Fluminense FC

A primeira passagem de Vina pelo Fluminense foi curta: durou 11 meses ou 40 jogos, com quatro gols marcados 💥️(veja no vídeo abaixo). E chegou ao fim de forma polêmica. Contratado como aposta junto ao Náutico, o meia chegou ao clube por um ano e sem custos no início de 2015, mas com apenas 30% dos direitos econômicos. O restante tinha uma opção de compra fixada em R$ 1,2 milhão para uma renovação automática.

Vina teve um grande primeiro semestre e caiu nas graças da torcida, mas depois viu o cenário mudar. Primeiro, sofreu uma lesão no pé esquerdo que o tirou dos jogos por dois meses. Após voltar, demorou muito a conseguir uma brecha na equipe para recuperar a titularidade. E na hora de discutir a renovação, teve um desentendimento com Mário, não chegou a um acordo financeiro após pedir aumento e solicitou ao técnico Eduardo Baptista para ficar fora da próxima partida, contra o Grêmio.

Acabou ficando fora também de todas as outras naquela reta final de temporada. A indefinição sobre seu futuro criou um clima pesado entre o jogador e o departamento de futebol. Vina foi afastado do elenco e passou a treinar em horários alternativos. A decisão chateou o meia, que usava as redes sociais para reclamar, mas passou a ser criticado por torcedores. Certa vez, chegando para uma atividade no início da tarde, escreveu: "Almoço? É para os fracos!! Vamos treinar nesse horário show. Obrigado, muito obrigado. Os humilhados serão exaltados".

Reclamação de Vina após ser afastado no Fluminense em 2015 — Foto: Reprodução / Instagram 2 de 3 Reclamação de Vina após ser afastado no Fluminense em 2015 — Foto: Reprodução / Instagram

Reclamação de Vina após ser afastado no Fluminense em 2015 — Foto: Reprodução / Instagram

Vina foi dispensado e ficou com caminho livre para se transferir ao Athletico-PR. Depois, passou por Náutico, Bahia e Atlético-MG antes de chegar ao Ceará, onde mais brilhou. Ao longo desses anos, o meia reencontrou Mário em jogos contra o Fluminense e já pediu desculpas ao dirigente pela forma como saiu do clube em 2015. E a pessoas próximas ele nunca escondeu o desejo de um dia voltar, como deixou claro em entrevista ao site "NetFlu" na última quarta-feira:

– Vi que alguns torcedores colocaram meu nome (desejando um retorno). Todo mundo sabe o meu carinho pelo clube no ano de 2015. Nada mudou. Nos jogos contra vi o carinho da galera que trabalha no clube da minha época. Quase todos, para não falar todos, me pedem para voltar. Minha situação no Ceará não está resolvida. E óbvio que vindo algo do Fluminense poderia analisar juntamente com meus empresários e o Ceará. Eu estou aqui, trabalhando. Meu número é o mesmo e eles devem saber (risos).

O empresário atual do jogador, André Cury, que está na frente da negociação, também não é o mesmo da época da conturbada saída do Fluminense. 💥️Naquela ocasião, o meia era agenciado por Francis Melo, que apontou interferência do pai de Vina ao assumir a condução da carreira do filho durante o imbróglio.

Vina em treino do Fluminense em 2015 — Foto: Bruno Haddad / Fluminense FC 3 de 3 Vina em treino do Fluminense em 2015 — Foto: Bruno Haddad / Fluminense FC

Vina em treino do Fluminense em 2015 — Foto: Bruno Haddad / Fluminense FC

O nome de Vina, de 31 anos, depende da aprovação de Fernando Diniz, e uma resposta ficou de ser dada na segunda-feira. Mesmo que seja aprovado pelo treinador, a negociação não é simples, já que o meia ainda tem contrato com o Ceará até o fim de 2024. Mas pesa o fato de o clube de caído para a Série B do Campeonato Brasileiro em 2023, e o jogador ter salário considerado alto por lá.

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