Conheça Periquito: "tagarela", aluno difícil e destaque do Fast na Copinha

Um gol e uma assistência em dois jogos como lateral na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Esses são os números de José Manoel Silveira da Silva, ou Periquito, como é conhecido o atleta do Fast e um dos destaques do time na competição.

Natural de Anori no Amazonas, cidade com 21 mil habitantes e localizada a 195 quilômetros da capital Manaus, o jogador de 19 anos chegou no “Rolo Compressor” com 15 anos, mas ganhou o apelido ainda quando criança e de um atual colega de clube.

José Periquito, lateral do Fast — Foto: Reprodução 1 de 2 José Periquito, lateral do Fast — Foto: Reprodução

José Periquito, lateral do Fast — Foto: Reprodução

- Meu parceiro de time, o zagueiro China, desde molequinho esteve junto comigo, acho que desde os dez anos a gente joga bola e um dia lá no bairro de Manaus, eu não parava quieto, falava muito e aí ele falou: "pô, bicho, fala pra caramba parece um periquito" e ficou até hoje - ri o garoto que marcou na estreia da Copinha contra a Ferroviária e deu uma assistência para Claudinho contra o Corinthians.

Periquito precisou fazer dois testes para jogar no Fast. Ele lembra que o desempenho no primeiro ficou bem abaixo do esperado e, por sorte, conseguiu se destacar no segundo e integrar a equipe.

- Eu amassei a bola na primeira vez, não tinha condições, fui mal demais, pensei que ia embora, mas aí no segundo fiz um coletivo muito bom - conta.

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Se dentro de campo o garoto se destaca, na sala de aula a história foi diferente, segundo ele. O talento com a bola nos pés é diferente com o lápis na mão.

- Eu sempre fui péssimo na escola [ri]. É muito difícil jogar bola e estudar, conciliar essas duas coisas é complicado e as pessoas não têm dimensão disso - explica Periquito.

O Fast é o lanterna do Grupo 12 com duas derrotas em dois jogos na Copinha. Mesmo assim, as chances de classificação ainda existem, desde que o time vença o Zumbi-AL e torça para que o Corinthians vença a Ferroviária com mais de três gols de diferença.

Periquito, jogador do Fast-AM, em ação na Copa São Paulo — Foto: Jonatan Dutra/Ferroviária SAF 2 de 2 Periquito, jogador do Fast-AM, em ação na Copa São Paulo — Foto: Jonatan Dutra/Ferroviária SAF

Periquito, jogador do Fast-AM, em ação na Copa São Paulo — Foto: Jonatan Dutra/Ferroviária SAF

Independente do que aconteça, José disse estar feliz com o desempenho pessoal e a entrega dos companheiros de time na principal competição de base do país. O lateral ainda lembrou o imbróglio que a delegação passou em razão da compra das passagens aéreas do Amazonas para São Paulo.

- Foi muito difícil, uma luta, um Estado que é pouco visto, pouco apoia também. Tem mais gente pra criticar do que pra apoiar, mas no final tá dando tudo certo, graças a Deus. Temos uma chance muito boa de se classificar. Só de estar aqui já somos vencedores, mas o sentimento é de que ainda não acabou - afirmou o garoto sobre disputar a Copinha e a falta de incentivo ao esporte no Amazonas.

Filho de cozinheira e pescador, Periquito vê a competição como oportunidade de mudar a vida dele e também a dos pais.

- É o sonho de qualquer atleta ir bem na Copinha. Enfrentar um time grande, como foi com o Corinthians, e ter a chance de mudar a vida da família, né. Imagina se dá certo - fala.

Na última sexta-feira, até os 77 minutos, o Fast quebrava o tabu corintiano de nunca ter perdido para uma equipe do Norte do país em Copa São Paulo. Com passe de Periquito para o gol de cabeça de Claudinho, os amazonenses conquistavam a primeira vitória na competição. Contudo, em dois minutos tudo mudou e eles sofreram a virada. Segundo ele, o clima e a parte física foram fatores cruciais para a mudança no placar.

- A gente treinou bastante para tentar surpreender eles e conseguimos. Era pra gente segurar até o final, mas a parte física não ajudou muito, nós cansamos. Não dava para acreditar muito que estávamos ganhando, seguramos até os 80 minutos, nervosismo também de estar ganhando de um time grande, deu um apagão no nosso time e sofremos os gols muito rápido. O clima influencia muito, nós estranhamos. Em Manaus é muito quente, diferente daqui que é frio. Teve a parte física também, chegou no fim do jogo estávamos completamente exaustos, não tinha muito o que fazer - relatou José sobre a segunda derrota da equipe no campeonato.

Flamenguista, Periquito não escolheria o time do Rio de Janeiro se pudesse. Depois de conhecer a Gaviões da Fiel que lotou o setor 3 da Fonte Luminosa, o “tagarela” tem uma nova preferência.

- Eu escolheria o Corinthians, torço para o Mengo, mas deve ser inexplicável jogar lá [em Itaquera] - finalizou.

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