Com Rossi, Flamengo volta a ter goleiro estrangeiro após 38 anos; veja lista
Com Agustín Rossi de pré-contrato assinado, o Flamengo terá seu sétimo goleiro estrangeiro em 127 anos de história. O espanhol Talladas foi o primeiro, o paraguaio García, o mais vitorioso, e o argentino Fillol, o último.
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Foram três argentinos - Rossi será o quarto -, um paraguaio, um tcheco e um espanhol. 💥️Conheça parte da trajetória desses goleiros na história rubro-negra no texto abaixo.
O mais vitorioso dos estrangeiros que defenderam o gol rubro-negro é o paraguaio Sinforiano García, atleta do Flamengo de 1949 a 1958. É recordista também em número de jogos dentre os gringos que vestiram a camisa 1 rubro-negra, com 273 disputados.
1 de 6 García com a faixa de campeão carioca de 1954 — Foto: ConmebolGarcía com a faixa de campeão carioca de 1954 — Foto: Conmebol
De acordo com a Conmebol, García era conhecido no Paraguai como (O embaixador das traves). Ele chamou atenção do Flamengo na fase decisiva do Sul-Americano de 1949, em vitória do Paraguai por 2 a 1 sobre a seleção brasileira no Rio de Janeiro. O Brasil acabou campeão com goleada por 7 a 0 sobre o time de García, mas o resultado não fez a diretoria rubro-negra recuar na tentativa de contratá-lo.
Estreou em 29 de maio de 1949, num histórico amistoso contra os ingleses do Arsenal, com vitória do Flamengo por 3 a 1 em São Januário, com gols de Jair da Rosa Pinto (dois) e Durval.
García foi titular na maior parte do segundo tricampeonato do Flamengo, conquistado pelo clube de 1953 a 1955, incluindo os jogos que garantiram os títulos de 53 e 54, ambos contra o Vasco (goleada por 4 a 1 e vitória por 2 a 1).
2 de 6 García, do Flamengo, é o primeiro dos rubro-negros na foto do título estadual de 1953 — Foto: Divulgação/FlamengoGarcía, do Flamengo, é o primeiro dos rubro-negros na foto do título estadual de 1953 — Foto: Divulgação/Flamengo
García, nascido em 22 de agosto de 1924, em Puerto Pinasco, é um dos grandes ídolos e um dos maiores goleiros da história do Flamengo.
Dos principais goleiros do futebol mundial entre os anos 70 e 80, o argentino Ubaldo Matildo Fillol, conhecido como "Pato" Fillol, foi contratado pelo Flamengo em dezembro de 1983.
Lembrado também por ter jogado a Copa do Mundo de 1978 com o número 5 às costas e a de 1982 com o 7 - a Argentina adotava ordem alfabética como critério para definir sua numeração -, Fillol chegou com pompa e circunstância ao Rio de Janeiro. Foi recebido com festa no Galeão no início do verão de 1983.
3 de 6 Fillol e Júnior em jogo do Flamengo válido pelo Brasileiro de 1984 — Foto: ReproduçãoFillol e Júnior em jogo do Flamengo válido pelo Brasileiro de 1984 — Foto: Reprodução
Estreou em 28 de janeiro de 1984, na vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras, em jogo que marcou a estreia do Flamengo no Campeonato Brasileiro, competição vencida pelo clube nas duas edições anteriores.
Apesar de toda a fama, não teve tempo para se tornar ídolo. Deixou o clube em julho de 1985, vendido ao Atlético de Madrid por US$ 120 mil. Conquistou a Taça Guanabara em 1984 com vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense. No mesmo ano, porém, o rival acabou levando o bicampeonato estadual.
Nascido em 21 de julho de 1950, em San Miguel del Monte, Fillol fez 71 partidas vestindo rubro-negro.
4 de 6 Fillol foi tratado como "O melhor goleiro do mundo" em reportagem de "O Globo" em 83 — Foto: Reprodução/Acervo O GloboFillol foi tratado como "O melhor goleiro do mundo" em reportagem de "O Globo" em 83 — Foto: Reprodução/Acervo O Globo
O primeiro dos argentinos a defender o gol rubro-negro foi Eusébio Chamorro, contratado pelo Flamengo em 1953, a pedido do treinador paraguaio Fleitas Solich, o "Feiticeiro".
Chamorro acabou atuando pouco nos três anos de Flamengo pois chegava à Gávea com a árdua missão de disputar posição com o Sinforiano García, à época o mais cotado. Apesar das poucas oportunidades, foi titular na reta final do último dos títulos do tricampeonato de 53/54/55. Jogou as três partidas decisivas contra o América (1x0, 1x5 e 4x1).
Chamorro, nascido em 22 de novembro de 1922, em Rosário, também é lembrado como ídolo rubro-negro. Foram 55 jogos pelo Flamengo e participação nos três cariocas conquistados em sequência.
5 de 6 Chamorro, entre Pavão e Tomires, após a conquista do tri de 1955 pelo Flamengo — Foto: Reprodução/Manchete EsportivaChamorro, entre Pavão e Tomires, após a conquista do tri de 1955 pelo Flamengo — Foto: Reprodução/Manchete Esportiva
O argentino que menos jogou como goleiro do Flamengo e não deixou saudades é Rogelio Domínguez, jogador do clube entre 1968 e 1969. Foram 40 jogos e nenhum título conquistado.
Nascido em 9 de março de 1931, em Buenos Aires, chegou à Gávea já veterano, aos 37 anos. Seus piores momentos aconteceram nos últimos finais de semana que decidiram o Carioca de 1969.
Em 8 de junho de 69, falhou no empate por 1 a 1 com o Vasco. Acelino abriu o placar para os vascaínos após o argentino bater roupa. Ele falharia outras duas vezes, mas teria a pele salva por seus zagueiros. Dionísio acabou empatando para o Flamengo.
Sete dias depois, a desgraça completa na decisão contra o Fluminense. Falhou feio no primeiro gol do jogo, marcado pelo tricolor Wilton, e acabou expulso após o Flu fazer 2 a 1 com Cláudio, em posição de impedimento segundo o "Canal 100". Deixou sua área em disparada ao círculo central e falou firme com o árbitro Armando Marques. Resultado? Cartão vermelho.
6 de 6 Domínguez não deixou saudades na torcida do Flamengo — Foto: Reprodução/Revista MancheteDomínguez não deixou saudades na torcida do Flamengo — Foto: Reprodução/Revista Manchete
O primeiro goleiro estrangeiro a defender o Flamengo foi José Tunel Caballero, apelidado de Talladas. Espanhol nascido em Redondela, na região da Galícia, atuou pelo clube de abril a outubro de 1937.
Nascido em 3 de outubro de 1912, o galego curiosamente defendeu o Galícia da Bahia antes de chegar à Gávea. Foram 18 jogos como rubro-negro, três pelo Campeonato Carioca de 1937.
O outro dos seis estrangeiros a proteger a meta rubro-negra foi o tcheco Timko. A passagem de Peter Timko foi a mais modesta dentre os gringos do Flamengo. Fez dois amistosos pelo clube, vitória por 4 a 3 sobre Sport Club Juiz de Fora (MG), em 14 de maio de 1950, e goleada por 8 a 1 sobre o Motorista-RJ, sete dias depois.
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