Análise: em ritmo de 2022, Bahia conta com remanescentes e brilho de novato para vencer na estreia
O "novo" (ou nem tão novo) Bahia começou bem a caminhada em 2023. Em Pituaçu, o Tricolor venceu o Juazeirense por 3 a 1, na noite desta quarta-feira, na abertura do Campeonato Baiano. Foi também a estreia do técnico português Renato Paiva, à frente de um time em processo de reformulação sob o comando do Grupo City.
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Além de Renato Paiva, o torcedor tricolor pôde ter o primeiro contato com algumas das caras novas para 2023. Cinco dos seis reforços disponíveis estrearam, sendo que três deles ( goleiro Marcos Felipe e os zagueiros Kanu e Raul Gustavo) começaram entre os titulares. No mais, o primeiro time escalado por Renato Paiva teve uma série de rostos bem conhecidos do seu torcedor tricolor.
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1 de 2 Ricardo Goulart comemora gol pelo Bahia — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / DivulgaçãoRicardo Goulart comemora gol pelo Bahia — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação
Armado em um 4-3-3 (fase ofensiva) e 4-4-2 (fase defensiva), o time teve Lucas Mugni recuando para ajudar na saída de bola, enquanto os laterais abriram. À frente, Daniel seguiu como principal responsável pela armação, contando com Jacaré (esquerda) e Caio Vidal (direita) abertos pelo lados e Ricardo Goulart como referência. Um sistema já utilizado em 2022.
Talvez pelo início de temporada, o Bahia esteve longe de apresentar a intensidade tão comentada neste início de trabalho de Renato Paiva. A lentidão na circulação da bola também dificultou na criação do time, que teve as melhores jogadas partindo do lado esquerdo com Mugni e Matheus Bahia. Diga-se de passagem, a dupla não teve grande ajuda, já que Daniel, Jacaré e Caio Vidal estavam em noite pouco inspirada.
Na parte final do primeiro tempo, Matheus Bahia acertou a trave em chute de fora da área e, praticamente no lance seguinte, Mugni cruzou e contou com uma sequência de furadas da zaga do Juazeirense até Ricardo Goulart completar para o gol. O lance foi um golpe duro para o adversário, que viu o Tricolor não se acomodar e buscar aumentar a vantagem. Rezende ampliou e, quatro minutos depois, Caio Vidal desperdiçou oportunidade inacreditável na frente do goleiro.
2 de 2 Jacaré e Biel celebram resultado em pituaçu — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação
Jacaré e Biel celebram resultado em pituaçu — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação
O Bahia seguiu na etapa final em ritmo lento, mas com controle do jogo em boa parte do tempo. O Juazeirense tentou se lançar à frente e não conseguiu pressionar o Tricolor, a exceção de jogadas de bola parada e chutes de longa distância defendidos pelo goleiro Marcos Felipe. O defensor, por sinal, ousado nas saídas da área, foi bem quando exigido e ainda demonstrou visão e reposição de bola ao deixar Caio Vidal na cara do gol.
Não demorou a Renato Paiva sacar Ricardo Goulart e Caio Vidal para as entradas dos estreantes Everaldo e Biel, que deram mais mobilidade ao time. Com a entrada do segundo, Jacaré passou a atuar pelo lado direito e melhorou o rendimento. Tanto que foi dele a assistência para Biel aparecer como centroavante e ampliar o placar menos de dez minutos após entrar em campo - estrela da segunda contratação mais cara da história do clube.
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Paiva ainda trouxe mais novidades a campo, como o volante Lucas Araújo, de volta após empréstimo, e o jovem lateral Ryan, do time sub-20. Com boa vantagem, o Bahia baixou o ritmo e, em falha de marcação, viu o Juazeirense diminuir o placar, mas nada que colocasse em risco o resultado. No ataque, o time tricolor poderia até ter ampliado o marcador se tivesse um pouco melhor nas tomadas de decisão.
No mais, foi uma estreia ainda "ritmo 2022" do Bahia, mas que não chega a ser surpresa. Com um novo treinador e um elenco em reformulação, o Tricolor vai precisar de tempo e mais jogos para poder apresentar o seu melhor e ir além do que fez em 2022. A boa notícia é que nada melhor que conduzir um processo como vitória.
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