Novo posicionamento, maturidade e confiança em Odair: como Pirani busca retomar espaço no Santos

Gabriel Pirani está de volta ao Santos. Após ser emprestado ao Cuiabá em 2022, o meia de 20 anos inicia sua terceira temporada com a camisa do Peixe. Após pedido do técnico Odair Hellmann, o jogador foi mantido no elenco, realizou a pré-temporada e busca retomar espaço na equipe.

Sem oportunidades com Fabián Bustos, Pirani foi cedido ao Dourado em julho e permaneceu no clube até o fim do Brasileirão. Lá, marcou um gol logo na estreia, ganhou sequência com António Oliveira, mas também foi prejudicado por uma lesão no tornozelo direito, que o tirou de campo por 50 dias.

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Para ele, a experiência na equipe do Centro-Oeste, que lutou contra o rebaixamento no Brasileirão, trouxe mais maturidade e o deixou mais preparado para o retorno ao Peixe:

– Para mim foi muito bom. Foi muito produtiva (a passagem). Claro que teve a lesão que me atrapalhou bastante. Fiquei 50 dias fora. Fora isso, participei de um contexto diferente, um grupo mais velho, com jogadores mais rodados em clubes grandes. Isso é bom.

– Pude pegar experiência com eles. Eu me senti bem e mais maduro nesse meu retorno ao Santos. Foi um momento que passamos por dificuldades também. Acabamos ficando em 16º. Pude amadurecer também com a situação do time no Campeonato Brasileiro.

Gabriel Pirani durante treino do Santos — Foto: Ivan Storti/Santos FC 1 de 3 Gabriel Pirani durante treino do Santos — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Gabriel Pirani durante treino do Santos — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Desde dezembro, o meia tem trabalhado com o técnico Odair Hellmann. Pirani enxerga no novo comandante similaridades com Fernando Diniz, treinador do Santos durante o melhor momento do jogador no clube. Entre elas está, principalmente, a relação extracampo com os atletas:

– A relação que eles têm é até mais no extracampo. Ele quer ver o jogador bem, dar tranquilidade. Ele sempre conversa. Em alguns momentos do treinamento ele pediu para que eu atuasse de ponta. Antes disso, eu achei legal que ele veio conversar e perguntou se eu me sentia bem, se eu podia fazer aquilo. Não é o caso de vai e faz aquilo ali. E eu me sinto bem. Conversei com ele.

– Eu me vejo jogando nas quatro posições do ataque. Passei isso a ele também. Não sabemos onde vamos atuar. É uma coisa que o técnico é o único que sabe, avaliando a estratégia e o adversário também. Mas me sinto bem preparado, mais maduro. Onde ele quiser me colocar vou estar à disposição para ajudar o Santos.

No jogo-treino contra o EC São Bernardo, disputado no último domingo, Gabriel Pirani foi escalado como ponta por Odair Hellmann. Segundo o jogador, uma função que já havia realizado no Cuiabá, onde costumava a criar espaços para o avanço dos laterais.

Além disso, é uma posição que permite entrar mais dentro da área e aparecer para finalizar, o que agrada Pirani.

– Eu acho que hoje, na verdade, não existe mais o meia. Existem médios. Hoje, o cara que ataca tem que defender, principalmente, por dentro, onde todo mundo ataca muito bem. Se for pegar na Série A, que jogador não tem qualidade para atacar? Eu vejo que posso atuar das duas maneiras, tanto aberto quanto por dentro. Gosto de estar me movimentando, próximo da bola. O (Fernando) Diniz me falava muito isso. Eu tinha que ter muito contato com a bola porque eu era um jogador diferente, talentoso, criativo. Eu gosto de estar com a bola, de ajudar meus companheiros e o Santos – comentou.

Uma das premissas de Odair Hellmann é a intensidade. Durante a entrevista coletiva de apresentação no Santos, o treinador disse que essa é uma característica da qual não abre mão. Pirani reforçou que o comandante do Peixe tem buscado uma equipe intensa e que existe uma cobrança grande em pressionar o adversário após perder a bola.

– É bem intenso. Ele pede muito o perde e pressiona. Estamos trabalhando bastante nos nossos treinamentos. Se acontece no treino de forma bem feita e organizada, no jogo acabará acontecendo. Essa parte ele cobra bastante, para ser intenso. Até com bola ele cobra passes rápidos, para forçar o tempo todo, arriscar. Isso é um modelo de intensidade – falou.

– E para nós, jogadores, tem sido maravilhoso. Quem joga no Santos gosta de jogar para frente. Nos adaptamos bem a isso, principalmente, porque nosso time é jovem. Todo jogador gosta de estar atacando, de estar correndo. Esse modelo tem agradado todos os jogadores – completou.

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Gabriel Pirani durante treino do Santos — Foto: Ivan Storti/Santos FC 2 de 3 Gabriel Pirani durante treino do Santos — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Gabriel Pirani durante treino do Santos — Foto: Ivan Storti/Santos FC

💥️Morte de Pelé e expectativa para a temporada

O Santos iniciou o ano impactado pela morte de Pelé, maior ídolo da história do clube. Nos primeiros dias de janeiro, o corpo do Rei do Futebol foi velado na Vila Belmiro. O falecimento do Atleta do Século mexeu, também, com o elenco santista.

Segundo Pirani, os jogadores conversaram bastante sobre o ocorrido e que esperam fazer um grande ano para homenagear o Rei. Além disso, o jogador recordou que já vestiu a camisa 10, eternizada por Pelé, e comentou sobre a responsabilidade de estar com o uniforme que já foi do ídolo:

– Foi uma situação muito delicada. Eu compareci no velório. Você vê a grandeza que ele tem, o mundo inteiro parou para acompanhar. De forma triste, infelizmente. O grupo se comoveu bastante. Todo mundo trocou muita mensagem sobre isso. Nada mais justo do que entrarmos em campo, como temos falado desde o acontecido, e dar essa alegria para ele. Ele queria sempre ver o Santos bem.

– Todo mundo ficou muito triste pelo que aconteceu. Conversei com meus pais, meu irmão e minha namorada que eu pude ser um privilegiado de ter usado a 10 do Pelé. Não temos noção do tamanho, da dimensão que ele tem no mundo inteiro. Todo mundo ficou muito triste. Na nossa cabeça, desde o ocorrido, queremos dar o máximo para dar alegria ao Santos que, consequentemente, o Pelé ficaria feliz – acrescentou.

Jogadores do Santos no velório do Pelé — Foto: Marcos Ribolli 3 de 3 Jogadores do Santos no velório do Pelé — Foto: Marcos Ribolli

Jogadores do Santos no velório do Pelé — Foto: Marcos Ribolli

Além de poder homenagear Pelé, o meia santista espera que esta temporada seja diferente dos últimos dois anos, quando o Peixe lutou para não ser rebaixado no Paulistão e fez campanhas ruins no Brasileirão. Para Pirani, o elenco está mais maduro e com o foco em conquistar o título estadual.

– A expectativa é a melhor possível. Nós passamos dois anos lutando para não cair. Uma situação que o Santos não merece estar. Nosso grupo amadureceu. Chegaram jogadores para nos ajudar. A base sempre se mantém e chegaram os novos jogadores. O grupo está mais maduro. A nossa expectativa é a melhor possível. Não podemos colocar o Santos longe do topo. Na base eu aprendi assim. No profissional não é diferente – falou.

– Passamos por dois anos difíceis. Nosso time está mais maduro, mais preparado. Essa experiência ruim que serviu para amadurecer passou. Vamos focar em ser campeão paulista. Nada mais justo do que começar o ano dessa maneira. Acreditando e sabendo do nosso potencial, nós temos convicção de onde podemos chegar – finalizou.

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