Empresas como a Coca-Cola acusadas de viciarem as crianças em alimentos prejudiciais
Empresas do ramo alimentar como a Coca-Cola, Pepsi, Nestlé USA e a Kellogg estão a ser processadas por um norte-americano que alega que estas vendem produtos ultraprocessados e viciantes às crianças.
Conforme está a ser avançado pela imprensa, os advogados de Bryce Martínez divulgaram, esta quarta-feira, que o queixoso está a processar judicialmente empresas do ramo alimentar, acusando-as de venderem produtos ultraprocessados e viciantes às crianças.
De entre as 11 empresas que constam do caso apresentado na Pensilvânia estão nomes como Kraft Heinz, Mondelez International, Post Holdings, Coca-Cola, Pepsico, General Mills, Nestlé USA, Kellanova, Kellogg, Mars e Conagra Brands.
Segundo o queixoso, agora com 18 anos, as ações e atividades dos arguidos ao longo dos anos provocaram-lhe o aparecimento de diabetes tipo 2 e uma doença no fígado diagnosticada quando tinha 16 anos. Conforme alega, consequentemente, viverá "o resto da sua vida doente, a sofrer e a ficar cada vez mais doente".
Por estes motivos, pede ao tribunal que ordene um julgamento com júri e exige uma indemnização financeira por danos físicos e materiais.
Segundo um comunicado dos advogados, esta ação judicial, resultado de mais de um ano de investigação, inclui dezenas de estudos que "demonstram os efeitos generalizados dos alimentos ultraprocessados na saúde, incluindo cancro, doenças cardiovasculares, síndrome do intestino irritável, demência e consequências adversas para a saúde mental".
A queixa defende que os arguidos conduziram "ações estratégicas e calculadas", de modo a "atingir as crianças com alimentos ultraprocessados viciantes".
Existiram reuniões de estratégia e uma extensa investigação que alegadamente realizaram para aproveitar a nossa biologia e neurologia para criar substâncias viciantes.
De acordo com Bryce Martínez, na sua ação judicial contra as empresas do ramo alimentar, "doenças como a diabetes tipo 2 e a doença do fígado gordo, ambas quase desconhecidas em crianças há 40 anos, afetam agora a vida de milhões de crianças americanas".
Queixa diz que empresas sabem sobre o impacto dos seus produtos
Na perspetiva de um dos advogados, Mike Morgan, "a história dos alimentos ultraprocessados é um exemplo flagrante de empresas que dão prioridade aos lucros em detrimento da saúde e da segurança das pessoas que compram os seus produtos".
Mais do que isso, "os executivos dos arguidos sabiam há pelo menos um quarto de século que os alimentos ultraprocessados contribuíam para as doenças das crianças, mas estas empresas ignoraram alegadamente os riscos para a saúde pública em busca de lucros".
Desde a década de 1980, os alimentos ultraprocessados tornaram-se uma parte dominante da dieta americana, resultando numa explosão de obesidade, diabetes e outras doenças crónicas que mudam a vida.
Escreve a Morgan & Morgan e Martínez, afirmando que os estudos mostram que os alimentos ultraprocessados constituem mais de 73% da alimentação nos Estados Unidos da América e 67% da dieta das crianças americanas, em média.
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