Ceni diz não ter "nada pessoal" contra Neves e que São Paulo precisa urgente de lateral-esquerdo

O técnico Rogério Ceni saiu duplamente satisfeito da Arena Fonte Luminosa, em Araraquara. Além de ver o São Paulo vencer a Ferroviária por 2 a 1, de virada, em duelo pela segunda rodada do Paulistão, o treinador gostou individualmente das estreias de Alan Franco, Méndez e David, titulares no confronto que marcou o primeiro resultado positivo na temporada.

Ceni também explicou a ausência de Gabriel Neves, investimento de R$ 8 milhões do clube e que ficou fora da lista de relacionados pelo segundo jogo consecutivo. O excesso de estrangeiros e a concorrência de volantes explicam a opção.

– Não sei o investimento no Neves. Ele é um ótimo jogador, ajudou a gente muito no ano passado. Começou quando teve oportunidade e jogou bem, fechou o ano lesionado. Quando voltou, um pouco fora de ritmo. Neste ano está readquirindo sua condição. O que faz com que ele não seja relacionado é ter oito estrangeiros – comentou Ceni.

– Não tem nada pessoal, gosto muito do Neves, lamento não tê-lo na relação. Pode acontecer outras vezes, porque infelizmente aconteceu isso quando cheguei (oito estrangeiros). Temos Ferraresi que fica até o meio do ano, a volta do Orejuela não era prevista, então aumentou de novo. No meio, onde mais tenho jogadores, prefiro não gastar um estrangeiro no meio e trazer o Luan – acrescentou.

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1 de 1 Rogério Ceni orienta o São Paulo na vitória sobre a Ferroviária — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

Rogério Ceni orienta o São Paulo na vitória sobre a Ferroviária — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

Na visão de Ceni, Gabriel Neves sofre pela competitividade no setor. Méndez, que chegou agora, já é visto como um jogador "importante" pelo treinador e deve figurar entre os titulares absolutos do time nas próximas semanas.

– Não tem a ver com relacionamento, com nada, é um ótimo menino, bom jogador, mas não posso mudar o regulamento. Se pudesse seis estrangeiros, traria o Neves – assegurou.

– A competitividade é boa. A única coisa que lamento são os oito estrangeiros. Para reforçar novamente, o Neves não tem nada pessoal. Três dos quatro zagueiros... um é garoto e os outros três estrangeiros. O Méndez acabou de jogar uma Copa do Mundo, gosto dele, e o Calleri é o meu 9. Lamento pelo Orejuela e pelo Neves, e segurei o Arboleda para se adaptar mais – repetiu.

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Em relação a quem estava em campo, Ceni elogiou o trio de estreantes, embora tenha destacado algumas dificuldades apresentadas por Alan Franco, Méndez e David. A parte física dos recém-chegados é digna de atenção para as próximas semanas.

– O Alan Franco pecou nos primeiros 10 minutos, mas depois melhorou e fez um ótimo segundo tempo, mas precisa crescer um pouquinho fisicamente, assim como o Méndez. Ele jogou como primeiro volante, porque o Pablo foi dar cobertura para Welington e para o David. Tanto Alan quanto Mendez quanto David podem melhorar a parte física – observou.

– Os três fizeram bons jogos. David pode evoluir mais, jogar mais do que jogou. Méndez se crescer fisicamente pode proporcionar mais coisas, Alan também. Precisávamos de um jogador de força mais na frente e relativamente fez bem a função. Alan cresceu, Méndez cansou e fizemos a modificação – completou.

Durante a entrevista, Ceni ainda atestou a necessidade da chegada de pelo menos mais um reforço (foram sete com David). Desde a semana passada, o treinador destacava a possibilidade de o clube mirar um lateral-esquerdo no mercado, algo agora tratado como urgência.

– Precisamos urgentemente de um lateral-esquerdo, é uma coisa que já conversei com presidente. Sabemos da dificuldade de dinheiro para contratação, mas a urgência é um lateral-esquerdo e também gostaria de ter um jogador que pudesse auxiliar o Calleri para ele não se desgastar tanto. São essas duas peças que procuramos no mercado. Com mais urgência a lateral esquerda – afirmou.

No elenco, Ceni tem Welington e Liziero, que retornou de empréstimo e tem trabalhado na posição. Patryck está com a seleção no Sul-Americano sub-20, enquanto Reinaldo deixou o São Paulo após quase uma década com o fim do contrato.

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